O luto e as festas de fim de ano
Não é porque é fim de ano e todos estão felizes que você precisa também estar feliz. Permita-se entristecer, mas permita-se momentos de alivio.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
Atualizado às 09:22
As festas de fim de ano, geralmente associadas à alegria e convivência, podem também ser um período especialmente difícil para quem está em luto. O luto não tem um período específico, ele pode durar dias, meses ou anos, dependendo fundamentalmente de como se vive este luto.
Em algumas pessoas, a presença de rituais, memórias e expectativas sociais intensifica emoções como tristeza, raiva, confusão ou até sensação de vazio, por isso, atravessar esse período exige cuidado e planejamento.
Entendendo que estamos em um sentimento de luto, é importante primeiramente, reconhecer e aceitar os sentimentos, depois, planejar com antecedência quais tradições você quer manter, adaptar ou suspender, e comunicar limites à família e amigos para evitar pressões e mal-entendidos.
Nada há de errado em criar novas tradições, realizar um Natal fora de época, acender uma vela, compartilhar histórias, ouvir músicas marcantes ou voluntariar passar o Natal em lugares pouco convencionais como abrigos ou igrejas, não é preciso em memória, manter um sentido de continuidade, mas é importante viver momentos de dor e outros de alívio.
Acima de tudo, o que prevalece é o autocuidado (sono, alimentação, atividades que tragam paz, exercícios, meditação e contato com a natureza), o buscar apoio (amigos, grupos, terapia) e ter expectativas realistas, aceitando que as festas podem ser diferentes após a perda. O luto não segue um cronograma é um processo de cura gradual.
Assim, entenda que você pode passar essas festas de forma muito mais leve do que imagina, bastando apenas ter coragem de ouvir a si mesmo e aliviar suas dores. Mas se não conseguir, conte com um profissional como apoio.


