O público é uma charada sem conceito, e cuja palavra só o governo tem o condão de decifrar: é um soberano que vota como lhe mandam; é livre no exercício dos seus direitos, contanto que pense e proceda de acordo com a polícia.
Trecho retirado do livro "Memórias do sobrinho de meu tio. Organização e notas de Flora Süssekind. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2011."