Quando o incêndio ganha uma floresta, quem mais resiste, por instinto de conservação, à ação destruidora das chamas, não é a árvore: é o cipoal parasita que vive à custa dela...

É uma longa e curiosa família, a dos parasitas sociais.

Foram os parasitas que inventaram o vocábulo egoísta no sentido de reproche a quem não toma a si de bom grado os encargos naturais de outrem. Essa espécie de egoísmo é um corretivo necessário contra o abuso da generosidade alheia, pois só o egoísmo pode destruir o parasitismo. Destruído este, desaparecerá também o egoísmo, e então a generosidade, liberta por ele, se tornará a regra do coração humano.

Os inimigos de uma instituição são em sentido vulgar, os que as combatem, mas em sentido exato, os que as destroem. O parasita está longe de ter ódio, deve ter mesmo amor, ao organismo que o alimenta e que ele arruína.