PÍLULAS

Há 174 anos, em 28 de novembro de 1851, os líderes da Revolução Praieira, último grande movimento de caráter liberal ocorrido durante o Império do Brasil, foram presos e julgados na província de Pernambuco, quando o conflito já havia sido controlado e os ânimos locais haviam se acalmado. A Revolução Praieira (1848-1850) foi impulsionada por membros da elite liberal pernambucana, conhecidos como "praieiros", que defendiam maior autonomia provincial, liberdade de imprensa e o fim do predomínio político dos conservadores, os chamados "guabirus". O movimento teve inspiração nas revoluções liberais europeias de 1848, mas foi rapidamente sufocado pelas forças imperiais. 

Há 169 anos, em 27 de novembro de 1856, ocorreu no Luxemburgo o chamado Golpe de 1856, evento que resultou na adoção unilateral de uma nova constituição de caráter reacionário. O movimento foi conduzido pelo grão-duque Guilherme III, que dissolveu a Câmara dos Deputados e impôs uma Carta Constitucional que restringia direitos civis e políticos, reforçando o poder monárquico em detrimento das liberdades conquistadas pela Constituição liberal de 1848. Entre as mudanças estavam o aumento da autoridade do soberano, a redução da autonomia parlamentar e o maior controle estatal sobre a imprensa e as finanças públicas.

Há 134 anos, em 26 de novembro de 1891, teve início no Rio Grande do Sul a chamada Revolta dos Colonos, um levante popular protagonizado por imigrantes italianos instalados na antiga colônia de Caxias do Sul. O movimento surgiu como reação às condições precárias de trabalho e à exploração econômica a que os colonos eram submetidos, especialmente pelos comerciantes e autoridades locais, que controlavam os preços e as relações de crédito. A insatisfação transformou-se em conflito aberto, com enfrentamentos entre colonos e forças policiais, resultando em prisões e repressão severa. Embora rapidamente controlada, a revolta revelou as tensões sociais da política de imigração e colonização do período imperial, que prometia prosperidade, mas frequentemente colocava os imigrantes em situações de dependência e desigualdade.

Há 180 anos, em 25 de novembro de 1845, nasceu Eça de Queirós, um dos maiores nomes da literatura em língua portuguesa e autor de clássicos como O Crime do Padre Amaro e Os Maias. Mestre da crítica social e da ironia refinada, renovou o Realismo com estilo singular e personagens marcantes, como o Conselheiro Acácio. Em homenagem ao escritor, Migalhas publicou uma obra reunindo seus pensamentos, celebrando sua decisiva contribuição à literatura lusófona.

Há 60 anos, em 24 de novembro de 1965, o militar Mobutu Sese Seko tomou o poder na República Democrática do Congo, após um golpe de Estado que depôs o então presidente Joseph Kasavubu. Apoiado por potências ocidentais em meio ao contexto da Guerra Fria, Mobutu instaurou um regime autoritário e se autoproclamou presidente, posição que manteria por mais de três décadas. Durante seu governo, consolidou um forte culto à personalidade e promoveu a "autenticidade africana", política que buscava romper com influências coloniais - o que incluiu a mudança do nome do país para Zaire, em 1971. Apesar de um discurso nacionalista, seu regime foi marcado por corrupção, repressão e graves violações de direitos humanos. Mobutu permaneceu no poder até 1997, quando foi deposto por forças lideradas por Laurent-Désiré Kabila.