PÍLULAS

Há 174 anos, em 21 de novembro de 1851, foi assinado em Montevidéu o Tratado de Aliança da Guerra do Prata, unindo o Império do Brasil, o Uruguai e as províncias argentinas de Entre Ríos e Corrientes. O objetivo da aliança era derrubar o governo de Juan Manuel de Rosas, então governador de Buenos Aires, acusado de governar de forma autoritária e de ameaçar o equilíbrio político na região do Prata. O tratado previa a formação de duas forças militares: o Grande Exército Aliado de Libertação, composto por tropas multinacionais, e uma segunda força do Exército Brasileiro, responsável por operações autônomas. A campanha militar resultante levaria à Batalha de Monte Caseros, em 1852, na qual Rosas foi derrotado pelas tropas lideradas por Justo José de Urquiza, com apoio decisivo do Brasil. 

Há 119 anos, em 19 de novembro de 1906, o Brasil comemorou pela primeira vez o Dia da Bandeira Nacional, data instituída no ano anterior pelo Decreto 4.454/1905, durante o governo de Rodrigues Alves. A celebração foi criada para homenagear a criação da bandeira republicana, adotada em 19/11/1889, poucos dias após a Proclamação da República. O novo símbolo substituiu a antiga bandeira imperial e manteve o verde e o amarelo como cores nacionais, representando a continuidade da identidade brasileira sob um novo regime político. 

Há 122 anos, em 18 de novembro de 1903, foi assinado o Tratado Hay-Bunau-Varilla entre os Estados Unidos e o recém-independente Panamá, garantindo aos norte-americanos direitos exclusivos sobre a Zona do Canal do Panamá. O acordo foi firmado pelo secretário de Estado norte-americano John Hay e pelo engenheiro francês Philippe Bunau-Varilla, que representava o governo panamenho - embora não residisse no país e não tivesse autorização popular para negociar o tratado. Pelo documento, os Estados Unidos obtiveram controle perpétuo sobre uma faixa de dez milhas de largura, onde construiriam e administrariam o Canal do Panamá, em troca de compensações financeiras ao Panamá.

Há 194 anos, em 17 de novembro de 1831, Equador e Venezuela oficializaram sua separação da República da Colômbia, Estado que, após a independência da América Espanhola, havia reunido sob um mesmo governo os atuais Colômbia, Equador, Venezuela e Panamá. Conhecida pelos historiadores como Grã-Colômbia, a união havia sido idealizada por Simón Bolívar como projeto de integração política e econômica dos novos países latino-americanos. Contudo, divergências regionais, disputas de poder e crises administrativas enfraqueceram a federação.

Há 50 anos, em 14 de novembro de 1975, o então presidente Ernesto Geisel criou o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), uma das mais importantes políticas energéticas do Brasil no século XX. O programa surgiu como resposta à crise mundial do petróleo de 1973, que elevou os preços internacionais do combustível e impactou severamente a economia brasileira, fortemente dependente das importações. A iniciativa visava estimular a produção de etanol a partir da cana-de-açúcar, tanto como substituto parcial da gasolina quanto como forma de fortalecer o setor sucroalcooleiro nacional.