PÍLULAS

Há 60 anos, em 13 de novembro de 1965, foi instituída a lei que criou o Cruzeiro Novo (NCr$) como novo padrão monetário do Brasil, substituindo o antigo Cruzeiro (Cr$). A mudança foi determinada pela lei 4.511/1964, que entrou em vigor no ano seguinte, em meio ao contexto de reformas econômicas do regime militar. O Cruzeiro Novo surgiu como resposta à forte inflação acumulada na década de 1960, e a conversão estabelecia que 1 Cruzeiro Novo equivalia a 1.000 Cruzeiros antigos.

Há 77 anos, em 12 de novembro de 1948, o Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente, sediado em Tóquio, proferiu a sentença que condenou sete oficiais militares e governamentais japoneses à morte, entre eles o general e ex-primeiro-ministro Hideki Tojo, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos durante a Segunda Guerra Mundial. O julgamento, conduzido sob supervisão das potências aliadas, foi o equivalente asiático aos Julgamentos de Nuremberg e teve como objetivo responsabilizar os líderes do Império do Japão pelas atrocidades cometidas em territórios ocupados. Além dos sete condenados à forca, outros 16 réus receberam penas de prisão perpétua.

Há 70 anos, em 11 de novembro de 1955, ocorreu uma tentativa de golpe militar no Brasil, articulada para impedir a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek e de seu vice, João Goulart. A crise eclodiu quando o então presidente interino, Carlos Luz, demonstrou simpatia pelos conspiradores e embarcou no cruzador Tamandaré, supostamente com a intenção de unir-se aos militares que planejavam a sublevação. A situação foi controlada pelo general Henrique Teixeira Lott, ministro da Guerra, que reagiu rapidamente em defesa da legalidade constitucional. Lott ordenou o bloqueio do navio e o afastamento de Carlos Luz, que foi destituído do cargo. Em seu lugar, assumiu interinamente o presidente do Senado Federal, Nereu Ramos, garantindo a continuidade institucional até a posse de Juscelino, em janeiro de 1956.

Há 121 anos, em 10 de novembro de 1904, teve início no Rio de Janeiro a Revolta da Vacina, um dos episódios mais emblemáticos de resistência popular na história do Brasil. O motim foi desencadeado após o governo federal aprovar a Lei da Vacina Obrigatória, que determinava a imunização compulsória contra a varíola, medida coordenada pelo sanitarista Oswaldo Cruz. A forma autoritária como a campanha foi conduzida, somada à falta de informação e ao medo da população, provocou violentos protestos nas ruas da capital. Em poucos dias, a cidade mergulhou no caos: cerca de 945 pessoas foram presas na Ilha das Cobras, 30 morreram, 110 ficaram feridas e 461 foram deportadas para o Acre.

Há 124 anos, em 7 de novembro de 1901, nasceu no Rio de Janeiro a escritora, poeta, professora, jornalista e pintora Cecília Benevides de Carvalho Meireles, uma das vozes mais consagradas da literatura brasileira e da língua portuguesa. Figura central do Modernismo, Cecília destacou-se por sua sensibilidade filosófica e musicalidade poética, abordando temas como o tempo, a efemeridade da vida e a busca espiritual. Autora de obras como Viagem (1939) - premiada pela Academia Brasileira de Letras -, Romanceiro da Inconfidência (1953) e Mar absoluto (1945), consolidou-se como uma das maiores poetas do país.