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Celebração

Pinheiro Neto Advogados completa 70 anos

História iniciada por J. M. Pinheiro Neto em 1942 marca evolução da advocacia.

Da Redação

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Atualizado às 12:23

A história iniciada por J. M. Pinheiro Neto em 1942, aos 25 anos, marca não apenas a trajetória de um dos maiores escritórios do país, mas também a evolução da advocacia nesse período.

Naquela época, uma secretária e um office-boy preenchiam todo o espaço de uma sala comercial na rua José Bonifácio, no Centro da capital, lugar que Ignácio de Loyola Brandão chamou de "alma jurídica de São Paulo": "as ruas rescendiam a leis, decretos, códigos penais e civis, processos, petições, tramitações, ansiedades". A paixão pelo Centro, que sempre permeou o jovem advogado, não o abandonaria nas próximas décadas.

Entre as inúmeras ideias e ideais vanguardistas, PN, como passou a ser identificado, fazia questão de levar o cliente ao escritório. Era um registro da independência do advogado, um profissional que estudava uma causa e decidia como defendê-la, ao invés de simplesmente fazer aquilo que o cliente queria.

A fluência no inglês, praticamente pré-requisito em diversas profissões nos dias de hoje para além da advocacia, foi um diferencial de PN naquele começo. A ponto do escritório, diante da desenvoltura de seu proprietário com a língua, acabar se especializando na advocacia empresarial com a chegada dos estrangeiros em terras tupiniquins.

Pinheiro Neto teve a Inglaterra como segunda pátria, após viver 14 meses por lá, trabalhando na BBC, em plena 2ª Guerra Mundial. A ligação com o país não cessou com seu retorno ao Brasil e, futuramente, a Rainha Elizabeth II o sagrou Cavaleiro do Império Britânico, em 1987.

Outro pioneirismo de Pinheiro Neto foi instituir a contagem de tempo para pagamento de honorários: nas fichas de tempo, cada advogado marcava o período em que tinha ficado à disposição, trabalhando para um cliente.

Acompanhando o crescimento brasileiro dos anos 50, o escritório da rua José Bonifácio tornou-se insuficiente - em espaço e gente. Foi o início da sociedade de advogados, formar seus integrantes dentro do próprio escritório, conquistá-los ainda na faculdade, quando estagiários, e moldá-los com a cultura da banca.

Nessa trajetória, José Martins Pinheiro Neto, falecido em 2005, revolucionou o perfil da advocacia no país. Aos 70 anos, o Pinheiro Neto Advogados é consagrado como verdadeiro "navio-escola", de onde saíram grandes nomes do Direito que hoje lideram bancas renomadas país afora.

Mais que isso, J.M. Pinheiro Neto inovou ao instituir um modelo profissional de gestão do escritório, pensando inclusive sua sucessão, iniciada décadas antes de seu falecimento e elogiada até hoje como exemplo de modelo sucessório.

Século XXI

Em 2012, Pinheiro Neto Advogados está presente em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília e conta com uma rede de 147 correspondentes em todos os Estados do país. Com atuação full service, suas atividades estão organizadas em quatro grandes áreas: Empresarial, Contenciosa, Tributária e Trabalhista. O corpo jurídico é formado por mais de 370 advogados, dos quais 78 são sócios. Incluindo a área administrativa, a firma conta com cerca de 800 integrantes.

"Nesses 70 anos, ajudamos a trazer muitas empresas para o Brasil e participamos diretamente da criação de outras tantas. Assessoramos nossos clientes em operações de grande repercussão e, por meio de estudos e debates, contribuímos com a aprovação de leis que melhoraram o sistema econômico-jurídico nacional", afirma Alexandre Bertoldi, sócio-gestor de Pinheiro Neto Advogados.

Alumni

Em 2002, para comemorar o 60º aniversário do escritório, foi lançada obra do jornalista e escritor Ignácio de Loyola Brandão relatando essa trajetória de sucesso e a importância da banca para a advocacia e a história brasileiras.

Para marcar o septuagésimo aniversário, Pinheiro Neto Advogados lança um programa de Alumni, verdadeira associação de ex-integrantes, com o objetivo de reunir advogados que participaram da construção da história e reputação do escritório. Mais de 400 ex-integrantes já aderiram ao projeto.

"Começamos nosso programa Alumni dispostos a preservar laços de amizade com aqueles que contribuíram com o escritório ao longo dessas sete décadas. Queremos criar nesses profissionais um sentimento real de comunidade", afirma Esther Nunes, sócia do escritório e uma das coordenadoras do projeto.

Almanaque

Além do programa Alumni, o escritório produziu um almanaque exclusivo sobre os principais fatos das últimas sete décadas. Escrito por Mario Prata e com produção visual do artista plástico Elifas Andreato, a obra busca inserir Pinheiro Neto Advogados em um contexto histórico global.

"Quando me convidaram para escrever um livro institucional sobre o escritório disse no ato que não saberia como fazer. Foram muitas reuniões até que se chegasse a um consenso sobre o formato do livro. Felizmente, tanto para mim quanto para os sócios do escritório, terminamos essa jornada apaixonados pelo resultado final", comenta Mario Prata.

O Almanaque Pinheiro Neto - Nossas Sete Décadas traz a íntegra, em áudio, de uma entrevista inédita do cantor Chico Buarque, incorporando o heterônimo Julinho da Adelaide, personagem que criou para fugir dos censores na década de 70. Concedida ao ainda repórter Mario Prata, do jornal Última Hora, Julinho da Adelaide fala sobre temas diversos como censura, a mãe, suas qualidades artísticas e o momento em que despertou para a música popular (atingido por um violão atirado por Sérgio Ricardo contra a plateia no 3º Festival da Record, em 1967).

Assim, a obra contempla não apenas a grandiosa história do Pinheiro Neto Advogados como também fatos marcantes do Brasil, traçando verdadeiro paralelo entre a evolução da sociedade de advogados mais antiga do país com os rumos da nação, como a renegociação da dívida soberana do Brasil nos anos 80; a operação que criou a Braskem; as privatizações dos anos 90; o financiamento pela CEF para construção e operação do maior terminal privado multiuso do país; a tese de inconstitucionalidade do Finsocial e outros tantos cases históricos.

Com tiragem limitada, o livro não será comercializado.

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