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AP 470

Ministros poetizam durante julgamento

"O dinheiro é para o crime o que o sangue é para a veia", disse a ministra Cármen Lúcia na sessão de ontem, 14.

Da Redação

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Atualizado às 09:39

Os ministros do STF estão cada vez mais poéticos. Nas últimas duas semanas de julgamento do mensalão conferimos máximas dignas de poetas de toga. Confira.

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Ricardo Lewandowski: "Só se lava ou branqueia o que está sujo".

Luiz Fux: "Não deveria nem ser gestão fraudulenta, deveria ser gestão tenebrosa".

Luiz Fux: "Quem sofre infarto não manda beijo, quem manda beijo não sofre infarto".

Luiz Fux: "O dinheiro lícito e o ilícito não são como a água e o óleo, ou seja acabam se misturando".

Luix Fux: "Era o beijo da morte que ela [Geiza Dias] dava no final dos e-mails".

Luiz Fux: "É um momento extremamente dramático participar de um processo penal que resulta em uma condenação".

Dias Toffoli: "Só conheço uma pessoa condenada por um beijo, foi Jesus Cristo. O fato de mandar beijo não é motivo para condenar".

Dias Toffoli: "Uma coisa é um frentista que põe o combustível sem saber que aquele combustível está adulterado. Outra coisa é um frentista que coloca o combustível sabendo que ele está adulterado. [Geiza Dias] era a frentista do posto de gasolina que não tinha a menor ideia se o combustível era adulterado ou não".

Dias Toffoli: "Não estou me divorciando de Vossa Excelência", disse ao ministro Marco Aurélio sobre a mudança de opinião em relação a um julgamento anterior.

Cármen Lúcia: "O dinheiro é para o crime o que o sangue é para a veia. Se não circular com volume sem obstáculos não temos esquemas criminosos como esse".

Cármen Lúcia: "O crime precisa de dinheiro para sobreviver. Sem ele, se tem a necrose do crime".

Marco Aurélio: "A cada passo complica-se a situação dos acusados. Diria no jargão carioca, haja coração ante o fatiamento".

Gilmar Mendes: "Já estou rouco e cansado de ouvir".

Ayres Britto: "Assim como o rio é um só rio da nascente à foz, a denúncia é a mesma de ponta a ponta".

Ayres Britto: "O universo e a esperteza humana não têm limites; sobre o primeiro eu tenho dúvidas", parafraseando Einstein.

Ayres Britto: "Há muito método nessa loucura", citando Shakespeare.

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