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Ação e reação

Sindicato de Advogados vai ao CNJ contra Sérgio Moro e AMB reage

Associação classificou iniciativa como "inadmissível".

Da Redação

quinta-feira, 10 de março de 2016

Atualizado às 09:02

O Sindicato dos Advogados de SP enviou ao CNJ, nesta quarta-feira, 9, uma representação contra o juiz Federal Sérgio Moro devido a reclamações feitas por Roberto Teixeira - advogado do ex-presidente Lula que disse ter tido prerrogativas profissionais violadas.

Segundo Teixeira, no despacho que autorizou as buscas e apreensões da última sexta-feira, Sérgio Moro insinuou que ele poderia ter "forjado assinaturas" em contratos assinados no seu escritório.

A iniciativa motivou reação da AMB, que classificou a iniciativa como "inadmissível". Para a AMB, o CNJ não pode ser encarado como uma "instância recursal" ou como "caminho para cercear a autonomia da magistratura".

"A magistratura brasileira reafirma a sua confiança nas instituições, sobretudo no Poder Judiciário, e reitera que não se furtará diante de ações e manobras que venham a tentar paralisar o trabalho dos juízes no combate à corrupção."

  • Confira a íntegra da nota abaixo.

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Nota pública contra a iniciativa do Sindicato dos Advogados de São Paulo

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) considera inadmissível a iniciativa do Sindicato dos Advogados de São Paulo em protocolar pedido de processo disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz Sérgio Moro, que preside a Operação Lava Jato.

Para a AMB, o CNJ não pode ser encarado como uma instância recursal ou como caminho para cercear a autonomia da magistratura. Tal medida evidencia mais uma forma de intimidação dos juízes em suas atividades estritamente jurisdicionais e indica possível tentativa de impedimento à atuação do juiz que está à frente das investigações da Lava Jato.

A magistratura brasileira reafirma a sua confiança nas instituições, sobretudo no Poder Judiciário, e reitera que não se furtará diante de ações e manobras que venham a tentar paralisar o trabalho dos juízes no combate à corrupção.

João Ricardo Costa
Presidente da AMB

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