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Inclusão

Julgamento sobre Moro foi desafiador para intérpretes de libras

Na sessão de ontem, sobre a suspeição de Moro, os intérpretes de Libras traduziram as discussões acaloradas entre os ministros.

Da Redação

quarta-feira, 24 de março de 2021

Atualizado em 25 de março de 2021 08:17

Se a linguagem jurídica já é complicada por si só, imagine traduzi-la para libras. Agora, leitor migalheiro, imagine a dificuldade em traduzir para libras um julgamento acalorado, demonstrando não só o "jurisdiquês", mas os debates entre os julgadores.

Foi isso que os intérpretes de Libras do Supremo passaram ontem durante o julgamento sobre a suspeição de Moro. O debate foi difícil e, por vezes, alguns ministros se exaltaram.

Em determinados momentos, por exemplo, Gilmar Mendes foi categórico e enfático em suas afirmações e, para isso, lançou mão de um tom mais alto de voz , junto com gesticulações. Tudo isso, foi captado pelos intérpretes que, com expressões corporais e faciais, transmitiram o teor do julgamento às pessoas com deficiência auditiva. 

"Direito em libras"

Pensando na importância da inclusão, o STF lançou a série "Direito em Libras". O conteúdo se destina a criar um glossário jurídico na Língua Brasileira de Sinais: trata-se de uma sequência de episódios, com menos de um minuto de duração, e cada um aborda um termo jurídico em Libras.

O projeto envolveu a criação de novos sinais, como forma de promover a inclusão plena e efetiva das pessoas surdas. Termos como "ação", "recurso", "lide" e "ajuizar" ganharam sinais próprios, que levaram em conta a realidade e a forma de interação das pessoas surdas.

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