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Covid-19

Mídia estrangeira critica atuação de Bolsonaro no controle da pandemia

Segundo os jornais internacionais, o colapso de saúde no Brasil representa uma ameaça a todo o mundo.

Da Redação

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Atualizado às 16:38

Nas últimas semanas, jornais de todo o mundo têm dado destaque, de forma negativa, à atuação do presidente Jair Bolsonaro na condução da pandemia, já que o país caminha no sentido oposto do resto do mundo, que dá sinais de melhora e controle da doença.

Segundo a mídia internacional, o colapso de saúde no Brasil representa uma ameaça a todo o mundo. As reportagens destacam, por exemplo, o perigo da variante brasileira do coronavírus, também chamada de P1, se espalhar pelo globo, colocando todos os países em risco.

 (Imagem: Arte Migalhas: Imagem: Raul Spinassé/Folhapress)

(Imagem: Arte Migalhas: Imagem: Raul Spinassé/Folhapress)

O The Guardian, jornal inglês, em artigo intitulado "A visão do Guardian sobre Jair Bolsonaro: um perigo para o Brasil e para o mundo", diz que "a perspectiva de o extremista de direita Jair Bolsonaro se tornar presidente do Brasil sempre foi assustadora. Era um homem com histórico de denegrir mulheres, gays e minorias, que elogiava o autoritarismo e a tortura. O pesadelo se revelou ainda pior na realidade".

De acordo com o folhetim, Bolsonaro permitiu que o coronavírus aumentasse sem controle, atacando as restrições de movimento, máscaras e vacinas. "Mais de 60.000 brasileiros morreram apenas em março", lamenta o texto.

 (Imagem: Reprodução)

(Imagem: Reprodução)

O Washington Post, por sua vez, afirmou que o Brasil "se tornou o maior evento da América do Sul".

"Há uma ansiedade crescente em partes da América do Sul de que P1 possa rapidamente se tornar a variante dominante, transportando o desastre humanitário do Brasil - pacientes adoecendo sem cuidados, um número de mortos disparado - para seus países."

 (Imagem: Reprodução)

(Imagem: Reprodução)

Já para o Financial Times, Bolsonaro minimizou consistentemente a pandemia e está mais "isolado do que nunca".

"A saída repentina dos generais ocorre em meio a um desastre de saúde pública, com um número recorde de mortes por coronavírus, tornando o Brasil o epicentro global da pandemia. A mudança aprofundou a crise política sobre a oposição teimosa de Bolsonaro aos bloqueios e as ameaças do ex-capitão do exército de usar o exército contra as autoridades locais que tentaram impô-lo."

 (Imagem: Reprodução)

(Imagem: Reprodução)

Autoridades também se manifestaram

Chefes do Executivo de outros países também fizeram duras críticas ao presidente brasileiro. Nicolás Maduro, da Venezuela, em pronunciamento, disse que a variante brasileira do coronavírus deveria se chamar "Bolsonaro".

"Ele é o culpado por abandonar o seu povo e por ser louco, insensível, um psicopata. Um psicopata! Insensível! Não lhe dói o povo do Brasil. Não lhe dói nada. A ele só interessa sua loucura. Vejam a situação que ele meteu o Brasil e a humanidade. O Brasil é o epicentro mundial das variantes mais perigosas e da expansão do coronavírus. Essa é a verdade."

O ex-presidente da Colômbia, Ernesto Samper, postou em uma rede social: "Bolsonaro conseguiu transformar o Brasil em um gigantesco buraco do inferno".

Ele sabia e, ainda assim, não fez nada

Em pronunciamento no último dia 23 de março, Bolsonaro inicia seu discurso falando sobre a nova variante do coronavírus (como se fosse algo, de fato, novo) e destaca: "estamos no momento de uma nova variante do coronavírus que infelizmente tem tirado a vida de muitos brasileiros". Apesar do perigo, o presidente, lamentavelmente, apenas manteve as mesmas medidas já adotadas.

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