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Pandemia

Gilmar determina que governo decida sobre vacinas a adolescentes

Em sua decisão, o ministro salientou que a Anvisa considerou a vacina da Pfizer segura para essa faixa etária.

Da Redação

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Atualizado às 09:51

O ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou que o ministério da Saúde analise a necessidade de inclusão prioritária de adolescentes entre 12 e 18 anos no PNO - Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, especialmente daqueles que pertencem ao grupo de risco. Na decisão, o ministro ressaltou que, em junho, a Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou o uso da vacina Comirnaty, da Pfizer, para adolescentes a partir de 12 anos.

 (Imagem: Unsplash)

(Imagem: Unsplash)

A reclamação foi ajuizada pelo município de Belo Horizonte/MG contra decisão monocrática de um desembargador do TJ/MG que determinou a vacinação imediata de uma adolescente de 15 anos, portadora de Síndrome de Kartagener, um distúrbio hereditário raro que causa problemas respiratórios.

O município argumentou que, pelo fato de a adolescente não estar incluída na faixa etária estabelecida pelo PNO, que não abarca menores de 18 anos na indicação de grupos prioritários ou da população-alvo para a vacinação, a decisão do desembargador estaria violando determinações do Supremo sobre a matéria. No caso, apontou desrespeito aos julgamentos na ADPF 754 e na ADIn 6.362.

Grupo prioritário

O ministro Gilmar Mendes manteve a decisão do TJ/MG, tendo em vista ser inviável a análise da reclamação. Ao decidir, afirmou que, ao contrário do argumentado pelo município, em nenhum dos dois julgamentos o STF tratou da inclusão de adolescentes nas listas de prioridades para a vacinação contra o Covid-19. Segundo S. Exa., diante da "ausência de aderência estrita" entre a decisão reclamada e os paradigmas invocados, o conhecimento do pedido é inviável. Dessa forma, foi mantida a determinação do TJ/MG.

O ministro ressaltou que a questão em análise é "especialmente sensível" por envolver direito à saúde de adolescente portadora de comorbidade no contexto da pandemia. Afirmou, ainda, que o caso "apresenta peculiaridades" que afastam a aplicação dos precedentes.

O relator citou trecho da decisão do TJ/MG segundo o qual relatórios e exames médicos juntados ao processo comprovam a "frágil condição" da adolescente, que sofre de uma "doença pulmonar obstrutiva crônica", motivo bastante para que fosse incluída no grupo prioritário de vacinação 14 do PNO. Ainda segundo a decisão do TJ/MG, a vacinação precoce da jovem foi solicitada por dois médicos, um pneumologista e outro otorrinolaringologista.

Para o ministro, a hipótese dos autos revela uma "aparentemente lacuna" no plano de vacinação, que ainda fixa uma contraindicação à administração das vacinas aos menores de 18 anos, especialmente diante do fato de a Anvisa ter autorizado, por meio da resolução 2.324/21, o uso da vacina Comirnaty, da Pfizer, para adolescentes a partir de 12 anos. "A situação dos autos sugere que a contraindicação veiculada nas edições anteriores e atual PNO pode ter se tornado obsoleta", advertiu.

Por esse motivo, Gilmar Mendes determinou que o ministério da Saúde analise a necessidade de inclusão prioritária de adolescentes entre 12 e 18 anos no PNO, especialmente de jovens que pertencem ao grupo de risco para a covid-19.

Leia a decisão.

Informações: STF.t

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