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Sistema de espionagem

Pegasus foi usado para espionar jornalistas, ativistas e políticos

A investigação foi divulgada neste domingo, 18, por veículos de comunicação como o The Guardian, The Washington Post e Le Monde, com a ajuda da Anistia Internacional e da ONG francesa Forbidden Stories.

Da Redação

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Atualizado às 09:31

Mais de 50 mil jornalistas, empresários, defensores dos direitos humanos, líderes religiosos e chefes de Estado de diversos países podem ter sido alvos de espionagem utilizando o sistema Pegasus, um programa desenvolvido por uma empresa israelense. A investigação foi divulgada neste domingo, 18, por veículos de comunicação como o The Guardian, The Washington Post e Le Monde, com a ajuda da Anistia Internacional e da ONG francesa Forbidden Stories.

 (Imagem: Arte Migalhas)

(Imagem: Arte Migalhas)

O que é o Pegasus?

Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, em 2019, o Pegasus é um equipamento de software e hardware, desenvolvido pela empresa israelense NSO Group, capaz de invadir celulares à distância, sem que o alvo perceba, e captar absolutamente tudo que houver no aparelho.

O sistema identifica e recolhe histórico de conversas do WhatsApp e do Telegram, lugares onde o alvo passou, quanto tempo permaneceu em cada um, sua localização, além do som e das imagens do ambiente por meio da ativação de microfone e câmera feita remotamente e em tempo real.

Por essas razões, passou a ser muito utilizado como sistema de espionagem por todo o mundo.

Investigação

O consórcio de veículos de imprensa teve acesso a uma lista com mais de 50 mil números de telefone de "pessoas de interesse" por meio do sistema Pegasus.

Os clientes do NSO Group não são identificados, mas segundo os relatórios a lista concentra-se em pessoas de 10 países: Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes, Marrocos, Índia, México, Hungria, Ruanda, Azerbaijão e Cazaquistão.

Conforme informações da investigação, não é possível saber quantos dos 50 mil números foram de fato invadidos. A presença na lista indica, apenas, uma intenção de uso do sistema de espionagem.

Dando continuidade à reportagem, nesta segunda-feira, 19, o The Guardian divulgou os nomes de alguns dos possíveis alvos.

  (Imagem: Arte Migalhas)

(Imagem: Arte Migalhas)

Resposta

Em nota, o NSO Group negou as acusações e disse que o relatório está "cheio de suposições erradas e teorias não corroboradas".

"As alegações de que os dados vazaram de nossos servidores é uma mentira completa e ridícula, uma vez que tais dados nunca existiram em nenhum de nossos servidores."

Segundo o grupo, as tecnologias estão sendo usadas todos os dias para desmantelar círculos de pedofilia, sexo e tráfico de drogas, localizar crianças desaparecidas e sequestradas, localizar sobreviventes presos sob prédios desabados e proteger o espaço aéreo contra a penetração perturbadora de drones perigosos.

"Simplificando, o Grupo NSO está em uma missão de salvar vidas, e a empresa executará fielmente essa missão sem se intimidar, apesar de toda e qualquer tentativa contínua de desacreditá-la por motivos falsos."

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