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Entrevista exclusiva

"Não há campo para retrocesso", diz Marco Aurélio sobre voto impresso

Ministro defende sistema eletrônico e critica articulação de Bolsonaro com alegações de fraude.

Da Redação

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Atualizado às 16:22

A urna eletrônica foi lançada no Brasil em 1996. À época, o presidente do TSE, responsável por organizar o processo eleitoral, era o ministro Marco Aurélio. Em entrevista exclusiva concedida pelo ministro ao Migalhas, nós conversamos sobre o atual sistema e o que ele pensa sobre a proposta do voto impresso.

Confira a entrevista:

O ministro conta que o início da utilização das urnas eletrônicas se deu nas eleições municipais de 1996, quando o novo processo foi aplicado nas capitais dos Estados que contavam com mais de 100 mil eleitores, e que foi um sucesso absoluto. Ainda que a urna apresentasse deficiências - porque podia travar caso houvesse concomitância da habilitação da urna eletrônica com a passagem de votos para o disco fixo -, o ministro considerou que não poderia decepcionar a população e retroceder ao modelo anterior. E assim foi feito. Segundo Marco Aurélio, nos 25 anos de utilização do equipamento, "não houve uma impugnação minimamente séria" contra qualquer resultado.

Fraude nas eleições?

O ministro também tratou das críticas de Bolsonaro ao processo eleitoral eletrônico. "Que cabotinismo é esse? Será que ele se acha tão maioral assim?", questionou, sobre alegação do presidente de que teria vencido no primeiro turno em 2018. Hoje, após sucessivas acusações ao sistema de votação, Bolsonaro é alvo de inquérito por fake news.

Para Marco Aurélio, o presidente da República tem visão distorcida sobre o processo eleitoral. "Se quer a burocratização das eleições, ou o voto impresso para quê? Para gerar mais confusão? Ou para gerar a confusão que não se tem com o sistema puro eletrônico? Não vejo uma procedência mínima na articulação do presidente da República."

Assista:

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