MIGALHAS QUENTES

  1. Home >
  2. Quentes >
  3. Migalhas Quentes >
  4. TJ/SP: Mulher que recebeu diagnóstico errado de DST será indenizada
Diagnóstico errado

TJ/SP: Mulher que recebeu diagnóstico errado de DST será indenizada

Vítima estava grávida e se submeteu ao tratamento de sífilis após hospital público a confundir com outra pessoa de mesmo nome.

Da Redação

sábado, 6 de novembro de 2021

Atualizado às 07:35

A 2ª câmara de Direito Público do TJ/SP manteve decisão da 6ª vara de Fazenda Pública de SP que condenou o Estado a indenizar, por danos morais, paciente diagnosticada equivocadamente com sífilis. O valor da reparação foi fixado em R$ 15 mil.

 (Imagem: Pexels)

Mulher será indenizada pelo Estado de SP por diagnóstico errado de DST(Imagem: Pexels)

De acordo com os autos, durante consultas em hospital público, quando já estava grávida, a autora da ação foi diagnosticada com sífilis. Imediatamente, tomou todas as precauções para que o bebê não fosse afetado. Passou a receber injeções que poderiam causar sequelas em seu filho e frequentou o hospital quase que diariamente.

Também pelo diagnóstico, a paciente terminou o relacionamento com o noivo, pai de seu filho, por acreditar que ele havia lhe passado a doença após traição. No entanto, a pedido de sua obstetra, a mulher realizou novo exame que não constatou a doença. Posteriormente, foi verificado que exame anterior pertencia a uma pessoa de mesmo nome.

O relator do caso, desembargador Renato Delbianco, ressaltou que o nexo causal entre o fato lesivo e o dano causado se mostra evidente, pois o hospital foi responsável pela entrega equivocada à mulher, gestante à época, exame com resultado positivo para DST.

Para o magistrado, o fato ocasionou à paciente inúmeros transtornos, tais como tratamento médico com três injeções de Benzetacil, visitas ao médico e hospitais, "que, só por si, são capazes de causar dor e sofrimento à mulher e sua família, não podendo ser reconhecida como mero dissabor".

Completaram o julgamento os desembargadores Claudio Augusto Pedrassi e Luciana Bresciani. A decisão foi unânime.

O número do processo não foi divulgado.

Informações: TJ/SP.

Patrocínio

Patrocínio Migalhas