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Cargo | Procurador

Deltan Dallagnol renuncia ao Ministério Público

A renúncia acontece há pouco menos de um ano da corrida eleitoral. Procurador diz que quer "lutar pelas causas que acredita".

Da Redação

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Atualizado em 5 de novembro de 2021 11:49

O procurador da República Deltan Dallagnol anunciou nesta quinta-feira, 4, que renunciou definitivamente ao seu cargo no Ministério Público. Em vídeo, Deltan diz que sua vontade é "fazer mais, fazer melhor e fazer diferente diante do desmonte do combate à corrupção" e que quer "lutar pelas causas que acredita".

A renúncia acontece há pouco menos de um ano da corrida eleitoral e especula-se que o procurador deva entrar para a política disputando uma vaga na Câmara em 2022.

Sem confirmar pretensões políticas, o ex-coordenador da Lava Jato disse que desde a faculdade carrega um sonho de um país mais justo e melhor. Diz, ainda, que foram esse sonhos que o motivou a dar seu melhor na operação, e que foi inédito do Brasil os bilhões recuperados e que "por um momento aqueles que nos roubam há décadas foram punidos pelos crimes".

"Os nossos instrumentos de trabalho para alcançar a Justiça vem sendo enfraquecidos, destruídos, e nós temos sido impedidos até mesmo de envolver a sociedade nesse debate por meio da opinião e da crítica. Por isso, eu creio que posso fazer mais pelo país fora do Ministério Público, lutando com mais liberdade pelas causas em que eu acredito."

Dallagnol afirmou que tem várias ideias sobre como pode contribuir e que será capaz de "avaliar, refletir e orar melhor" sobre essas ideias depois de sair do Ministério Público. Amém.

Currículo

Graduado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e com mestrado em direito em Harvard, nos Estados Unidos, Dallagnol foi procurador do Ministério Público Federal desde 2003. Ganhou notoriedade por integrar e coordenar a força-tarefa da operação Lava Jato.

Política com o cargo 

A exoneração de Deltan, todavia, dá razão ao discurso do ex-presidente Lula, de que a Lava Jato tinha escopo político. Em 2019, Migalhas entrevistou, em Lisboa, o ex-primeiro-ministro engenheiro José Sócrates, que comentou isso, e alguns meses depois estivemos em Curitiba, na sede da Polícia Federal, com o ex-presidente. Lula nos explicou porque seria bom que Moro se candidatasse à presidência em 2022. Veja abaixo: 

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