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Indicações ao STF

PEC analisada na Câmara reduz para 70 idade de aposentadoria no STF

Texto, que pode dar a Bolsonaro duas indicações ao Supremo, provocou polêmica na CCJ.

Da Redação

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Atualizado às 12:55

Tramita na Câmara dos Deputados proposta que reduz de 75 para 70 a idade para aposentadoria compulsória de ministros do STF, Tribunais Superiores e TCU.

Trata-se da PEC 159/19, de autoria da deputada Bia Kicis. Se aprovado, o texto dá ao presidente duas novas indicações ao Supremo, já que Lewandowski e Rosa Weber têm 73 anos.

A relatora da proposta, deputada Chris Tonietto, apresentou parecer pela admissibilidade do texto. Um pedido de vista, porém, adiou a votação na CCJ da Câmara.

 (Imagem: Edvaldo Rikelme/Câmara dos Deputados)

(Imagem: Edvaldo Rikelme/Câmara dos Deputados)

O texto estabelece que servidores públicos serão aposentados compulsoriamente aos 70 anos de idade, revogando, assim, a EC 88/15, que ficou conhecida como "PEC da Bengala" e passou para 75 anos a idade da aposentadoria obrigatória dos ministros.

À época, a modificação tirou da então presidente Dilma Rousseff a possibilidade de indicar cinco ministros ao Supremo até 2018.

Nas mãos de Jair

Se a redução para 70 anos for aprovada, Jair Bolsonaro poderá indicar dois novos ministros ao STF. Por este motivo, a proposta gerou polêmica na CCJ.

Uma das questões citadas foi o fato de ela ter sido pautada na esteira do julgamento, pelo STF, de ação contra as emendas de relator ao Orçamento, chamadas de "orçamento secreto".

Para Gervásio Maia, a proposta é casuística. "Um arranjo, mexendo com todo o serviço público para garantir que Bolsonaro possa escolher duas vagas do Supremo". Para evitar problemas, o deputado Pompeo de Mattos sugeriu que, para evitar qualquer problema, a nova regra não seja aplicada imediatamente. 

Interesse da sociedade

Bia Kicis afirmou que apresentou o texto por interesse da sociedade e dos magistrados e negou que a PEC seja oportunista e de interesse do governo. Segundo ela, desembargadores a procuraram porque o aumento para 75 anos causou "falta de oxigenação" nas carreiras jurídicas.

Se aprovado, o texto ainda passará por comissão especial e pelo plenário.

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