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Injúria | Difamação

STF: 2ª turma aceita queixas-crime contra senador Jorge Kajuru

Um senador e um ex-deputado alegam que declarações de Kajuru configuram injúria e difamação.

Da Redação

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Atualizado às 16:15

A 2ª turma do STF aceitou, nesta terça-feira, 3, queixas-crime apresentadas pelo senador Vanderlan Cardoso e pelo ex-deputado federal Alexandre Baldy contra o senador Jorge Kajuru e, por maioria de votos, concluiu ser necessário continuar o procedimento penal para definir se manifestações de Kajuru configuram injúria e difamação, ao concluir o julgamento das Petições (PETs) 8.242, 8.259, 8.262, 8.263, 8.267 e 8.366.

 (Imagem: Fellipe Sampaio/SCO/STF)

STF aceita queixas-crime contra senador Jorge Kajuru(Imagem: Fellipe Sampaio/SCO/STF)

Em vídeos divulgados no Twitter, Facebook, Instagram e YouTube, Kajuru chama Cardoso de "pateta bilionário" e afirma que ele "entrou na política por negócio". Em relação a Baldy, disse que ele faz parte do esquema de jogos de azar de Goiás, ligado ao contraventor Carlinhos Cachoeira, e seria chefe da quadrilha do Detran local.

Imunidade parlamentar

No início do julgamento, em outubro de 2020, o relator das queixas-crime, ministro Celso de Mello (aposentado), votou pelo arquivamento dos procedimentos, por considerar que as manifestações tinham relação com a função fiscalizadora dos parlamentares e, portanto, estariam protegidas pela imunidade parlamentar.

Conteúdo injurioso

O julgamento foi retomado com o voto-vista do ministro Gilmar Mendes no sentido de que as declarações de Kajuru são desvinculadas do mandato parlamentar. Ele observou que, em julgamentos recentes, o STF tem buscado caracterizar, de forma mais acentuada, a correlação entre declarações de parlamentares e o exercício do mandato.

Para o ministro, as manifestações do senador têm conteúdo injurioso e foram proferidas de forma dolosa e genérica, com intenção de destruir reputações, sem qualquer indicação de prova que pudesse corroborar as acusações. Mendes destacou, ainda, o fato de que as ofensas foram divulgadas em redes sociais, o que amplia seu alcance.

O voto foi acompanhado pelos ministros Edson Fachin e Ricardo Lewandowski. O ministro André Mendonça seguiu o ministro Celso de Mello, pois entende que as manifestações representam críticas relacionadas ao mandato parlamentar.

O ofendido, ex-ministro Alexandre Baldy, é representado pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo, da banca Figueiredo & Velloso Advogados Associados.

Informações: STF

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