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Arbitragem

Câmara pode votar hoje pedido de urgência do PL que altera arbitragem

Para especialistas, o texto pode significar o fim do meio de resolução de conflitos no país.

Da Redação

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Atualizado às 08:36

Foi convocada para esta segunda-feira, 1º, na Câmara dos Deputados a votação do requerimento de urgência para a tramitação do PL 3.293/21, que prevê alterar a lei da arbitragem, limitando o instituto no país - que é um dos mais importantes métodos de resolução de conflitos fora do Judiciário.

O item consta entre os 37 pautados para sessão marcada para as 17h. Se aprovado, o projeto pode ser incluído para votação na sessão deliberativa seguinte.

O projeto que se pretende acelerar foi apresentado em 2021 e é uma iniciativa da deputada Margarete Coelho. O texto altera a lei de arbitragem, de 1996 (lei 9.307/96), para "disciplinar a atuação do árbitro, aprimorar o dever de revelação, estabelecer a divulgação das informações após o encerramento do procedimento arbitral e a publicidade das ações anulatórias", entre outras providências.

 (Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

Câmara pode votar hoje pedido de urgência para PL que muda arbitragem.(Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

"Projeto inconstitucional"

Enquanto há movimentação na Câmara pela aceleração, advogados e membros da comunidade arbitral se insurgiram contra a iniciativa, como Migalhas noticiou aqui. 

O IAB e Comitê Brasileiro de Arbitragem emitiram notas contrárias ao PL.

A alegação é de que o novo texto poderia gerar complicações para a prática da arbitragem no Brasil, e que foi elaborado sem o devido debate público. 

Em entrevista ao Migalhas, o professor Olavo Ferreira afirmou que o projeto é "manifestamente inconstitucional". Para ele, a lei não comporta mudanças significativas.

Assista a trecho da entrevista:

Migalhas também entrevistou o especialista em arbitragem Gilberto Giusti. Ele explicou como funciona hoje o dever de revelação - um dos pontos que pode ser alterado se aprovado o novo texto.

Acesse a entrevista aqui.

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