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PL das fake news

Moraes manda Telegram indicar representante sob risco de suspensão

Ministro deu prazo de 24 para que o aplicativo apresente nome de quem vai atuar em nome da companhia.

Da Redação

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Atualizado às 16:29

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou nesta sexta-feira, 26, que o aplicativo de mensagens Telegram indique um representante no Brasil. O aplicativo deve apresentar a informação em 24 horas a partir da notificação, sob pena de ser retirado do ar, a princípio, por 48 horas, bem como de ser multado em R$ 500 mil por dia.

A decisão foi tomada no inquérito em que o Telegram é investigado por promover campanha contra o PL das fake news (PL 2630/20). A apuração foi aberta em 12 de maio a pedido da PGR e tem como alvo dirigentes e representantes da empresa no Brasil. O Google Brasil também é investigado.

No caso do Telegram, a motivação para a investigação foi uma mensagem disparada para todas as contas do aplicativo no Brasil, segundo a qual o PL das fake news, que pretende regulamentar o funcionamento de redes sociais e outros serviços de tecnologia, seria uma "ameaça à democracia" e daria "poderes de censura" ao governo federal.

Após a mensagem, o presidente da Câmara, Arthur Lira acionou a PGR, indicando haver campanha "abusiva" de empresas de tecnologia contra o PL das fake news.

Com a abertura do inquérito, Moraes determinou que a PF ouvisse o advogado Alan Campos Elias Thomaz, que atuava como representante do Telegram no Brasil, mas o defensor informou aos agentes que ele e o escritório do qual é sócio não prestam mais serviços à plataforma desde 14 de maio.

 (Imagem: Carlos Moura/SCO/STF)

Ministro deu prazo de 24 horas a partir da notificação para Telegram indicar representante legal.(Imagem: Carlos Moura/SCO/STF)

Na decisão de hoje, Moraes destacou não ser a primeira vez que o Supremo tem dificuldades para notificar o Telegram de decisões judiciais, para que sejam cumpridas. Em março de 2022, o ministro já havia determinado a indicação de representação no Brasil, sob pena da empresa não poder operar no país.

À época, o presidente do Telegram, Pavel Durov, enviou e-mail ao Supremo afirmando que cumpriria as determinações da Justiça brasileira. "Na ocasião, o Telegram indicou Alan Campos Elias Thomaz como representante legal no Brasil, informando, ainda, que continuará 'construindo e reforçando nossa equipe brasileira'", destacou Moraes.

A decisão para que o Telegram apresente novo representante no país foi enviada para um e-mail fornecido pela empresa para receber notificações do Supremo.

Informações: Agência Brasil. 

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