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Sessão | STF

STF adia análise de implementação de plano contra racismo estrutural

Encerradas as fases de sustentações orais, julgamento foi suspenso.

Da Redação

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Atualizado às 17:57

Nesta quinta-feira, 23, em sessão extraordinária, STF adiou julgamento do estado de violação sistemática dos direitos fundamentais da população negra no país. 

Após a realização de sustentações orais e da manifestação da PGR, em exercício, Elizeta de Paiva Ramos, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso suspendeu o julgamento para que ministros possam refletir acerca dos discursos.

A suspensão segue novo modelo adotado pelo STF, no qual os votos são proferidos em sessão posterior à das sustentações.

Na sessão desta tarde manifestaram-se representantes da Clínica de Direitos Humanos e do Núcleo Peabiru do IDP, da ABJD - Associação Brasileira de Juristas, do IDPN - Instituto de Defesa da População Negra, da DPU e da CFOAB.

Eles trouxeram temas como evasão escolar de crianças negras, ausência de políticas de saúde e o peso tributário na população negra. Ressaltaram que o racismo estrutural e institucional resulta da inexistência de um plano que insira pessoas negras na sociedade.

Entre as medidas pleiteadas na ADPF 973, destaca-se a elaboração e implementação pela União, com participação da sociedade civil, de um Plano Nacional de Enfrentamento ao Racismo Institucional e à Política de Morte à População Negra. 

 (Imagem: Carlos Moura/SCO/STF)

Em sessão, STF adiou julgamento de plano contra racismo estrutural.(Imagem: Carlos Moura/SCO/STF)

O caso

Os partidos que ajuizaram a ação pedem o reconhecimento de um estado de coisas inconstitucional fundado no racismo estrutural e institucional que afetam a população negra brasileira e a adoção de políticas e medidas de reparação pelas ações e omissões reiteradas do Estado brasileiro.

As legendas apontam violação dos direitos constitucionais à vida, à saúde, à segurança e à alimentação digna e o crescente aumento da letalidade de pessoas negras em decorrência de violência policial e institucional.

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