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Penal

STJ anula Júri após réu ser proibido de ir com roupas civis na sessão

Para colegiado, decisão da Corte local não apontou risco concreto, mas apenas de modo geral e hipotético.

Da Redação

sexta-feira, 22 de março de 2024

Atualizado às 13:17

A 5ª turma do STJ declarou a nulidade de sessão do Tribunal do Júri no qual réu foi proibido de vestir roupas civis. Colegiado considerou que a utilização de roupas sociais pelo réu durante seu julgamento é um direito e não traria qualquer insegurança ou perigo, tendo em vista a existência de ostensivo policiamento nos Fóruns.

Os ministros analisaram habeas corpus da defesa do réu contra decisão que indeferiu o pedido de apresentação do paciente em plenário de Júri sem o uso de vestes prisionais. Segundo a defesa, "não se pode relativizar o direito do réu a um julgamento justo e imparcial, sem a existência de uma causa preponderante".

 (Imagem: TJ/MG.)

STJ anula decisão que proibiu réu de ir ao Júri com roupas sociais.(Imagem: TJ/MG.)

Ao votar, a relatora, ministra Daniela Teixeira, explicou que o Tribunal do Júri é o juiz natural e soberano para julgar os crimes dolosos contra a vida, sendo instituição que desempenha o exercício direto da participação da sociedade no Poder Judiciário.

A ministra divergiu da decisão da Corte local por considerar que não apontou um risco concreto de fuga especificamente do paciente, mas apenas de modo geral e hipotético, devido à insuficiência de vigilância naquele Fórum.

"A utilização de roupas sociais pelo réu durante seu julgamento pelo Tribunal do Júri é um direito e não traria qualquer insegurança ou perigo, tendo em vista a existência de ostensivo policiamento nos Fóruns do Estado."

Daniela ainda citou a utilização das Regras de Mandela ao caso concreto, que dispõe: "em circunstâncias excecionais, sempre que um recluso obtenha licença para sair do estabelecimento, deve ser autorizado a vestir as suas próprias roupas ou roupas que não chamem a atenção".

Diante disso, concedeu a ordem de habeas corpus para declara a nulidade da sessão, submetendo o réu a novo julgamento, com roupas civis.

A decisão foi unânime.

Veja a decisão.

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