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Superendividamento

Desembargador limita descontos de dívidas de empréstimo a 35% do salário

Consumidora sustenta que os descontos realizados em sua folha de pagamento e débito em conta corrente abrangem mais de 150% de seus proventos, comprometendo seu mínimo existencial.

Da Redação

sexta-feira, 12 de abril de 2024

Atualizado às 17:38

Desembargador Thiago de Siqueira, da 14ª câmara de Direito Privado do TJ/SP, limitou a 35% os descontos efetuados diretamente na folha de pagamento de uma consumidora superendividada.

O caso envolve um recurso contra uma decisão que negou tutela de urgência a uma mulher que solicitou a limitação dos descontos das parcelas de empréstimos consignados e não consignados a 35% de seus vencimentos líquidos.

A consumidora alega estar em situação de superendividamento, pois os descontos em sua folha de pagamento e débito em conta corrente ultrapassam 150% de seus proventos, comprometendo seu mínimo existencial.

 (Imagem: Freepik)

Consumidor teve limitado a 35% os descontos efetuados diretamente em sua folha de pagamento. (Imagem: Freepik)

Ao analisar o pedido, o relator, desembargador Thiago de Siqueira, destacou que o art. 300 do CPC estabelece que a tutela de emergência deve ser concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito alegado e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.

No caso, o magistrado verificou que a prova documental juntada aos autos demonstra que os descontos realizados pelos bancos ultrapassam 35% do salário líquido da consumidora.

Assim, deferiu parcialmente a antecipação recursal para determinar a limitação desses descontos efetuados diretamente na folha de pagamento da consumidora em 35% do rendimento líquido.

O escritório Rodrigues Ferreira Advogados atua na causa.

Leia o despacho.

Rodrigues Ferreira Advogados

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