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Ataques

Ameaças à democracia não podem passar em branco, afirma Michel Saliba

Advogado defendeu apuração rigorosa e punição por plano contra democracia.

Da Redação

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Atualizado às 14:57

O advogado criminalista Michel Saliba comentou as acusações reveladas pela Polícia Federal, envolvendo um plano para assassinar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Saliba ressaltou que o caso, classificado como um atentado ao estado democrático de direito, deve estar sob apuração rigorosa.

"Eu avalio, primeiro, com preocupação. Mas vejo com a necessidade de se apurar com muito rigor, porque nós estamos diante de uma acusação gravíssima, que é atentar contra o estado democrático de direito [...] Eu entendo que a gravidade desse tipo de conduta não pode, e não vai, passar em branco."

O advogado vê com otimismo o curso das investigações.

"Confio na Procuradoria-Geral da República, confio no deslinde desse caso com a punição dos responsáveis, para que nós varramos, de uma vez por todas, qualquer ameaça à nossa democracia."

Saliba destacou que atos dessa natureza atentam contra toda a sociedade.

"Não há como sustentar, não há pano para esse tipo de situação. Nós não podemos amenizar condutas desse jaez, com essa gravidade, que atentam contra o estado democrático de direito e contra a sociedade brasileira, principalmente contra a cidadania, desde aquele mais humilde, né, até aquele mais endinheirado. Todos são vítimas disso."

Reconhecendo sua posição contrária ao uso indiscriminado de prisões cautelares, o advogado avaliou a necessidade de medidas específicas para este caso.

"Eu sou, desde sempre, um defensor de prisão cautelar mínima. Eu sou contra a decretação a granel, indiscriminada, de prisões cautelares, principalmente da prisão preventiva. Mas eu acho que há determinados casos em que não há outra saída. Há algumas figuras, sem nominar aqui, que, se você não mantê-las longe do convívio em sociedade, elas vão continuar a tramar, a conspirar."

Assista à entrevista completa:

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