De estudante a correspondente: comece sua carreira ainda na graduação
Com baixo investimento e prática real, a correspondência jurídica permite atuação estratégica antes mesmo da OAB.
Da Redação
segunda-feira, 11 de agosto de 2025
Atualizado às 11:36
Cada vez mais estudantes e bacharéis em Direito têm encontrado na correspondência jurídica uma forma prática e acessível de iniciar a carreira. Com celular na mão, disposição e estratégia, é possível prospectar clientes, participar de audiências, representar empresas e acompanhar diligências antes mesmo de obter a carteira da Ordem.
Correspondentes de sucesso
Em evento promovido pelo Migalhas sobre o tema, as correspondentes Fernanda Medeiros de Araújo, Larissa Nobre e Maria Fernanda Torrano compartilharam suas experiências e trajetórias no universo da correspondência jurídica, abordando não apenas os conceitos e vantagens dessa atuação, mas também estratégias práticas e eficazes para quem deseja iniciar e se destacar nesse segmento do Direito.
Porta de entrada
Fernanda Medeiros deu início às apresentações destacando que a correspondência jurídica é uma via de acesso democrática à prática profissional, pois permite que estudantes e bacharéis em Direito atuem antes mesmo da obtenção da carteira da OAB.
Fernanda reforçou que, ao concluir a graduação, muitos se deparam com a insegurança de não saber por onde começar, já que a faculdade, por melhor que seja, não prepara o aluno para a realidade da advocacia.
Segundo a correspondente, essa antecipação é valiosa não somente pelo aspecto prático, mas também por proporcionar confiança, vivência real e amadurecimento profissional desde cedo.
Atuação estratégica
Na sequência, Larissa Nobre trouxe sua experiência prática atuando como correspondente para grandes empresas como Ifood, Honda e Drogasil, e demonstrou como o cadastro em plataformas pode ser estrategicamente utilizado para impulsionar a visibilidade e atratividade do profissional diante dos contratantes.
Conforme afirmou, para ser bem-sucedido nesse ambiente, é essencial manter um perfil completo, atualizado e com o máximo de informações relevantes, além de prezar pela agilidade na comunicação com os contratantes.
Larissa comparou a dinâmica das plataformas a um "menu": o correspondente é uma das opções disponíveis e, por isso, deve se destacar pela organização, comprometimento e pontualidade na entrega.
Visão de negócio
Encerrando as palestras, Maria Fernanda Torrano apresentou uma abordagem voltada ao empreendedorismo jurídico, propondo uma mudança de mentalidade sobre a correspondência.
Em sua visão, o correspondente jurídico não é apenas um executor de tarefas pontuais, mas sim um representante do cliente e empresário do Direito, capaz de estruturar sua atuação com visão estratégica desde os primeiros passos na carreira.
Para a profissional, é perfeitamente possível, e recomendável, que logo no início da faculdade estudantes utilizem a correspondência como ponto de partida para prospecção de clientes, desenvolvimento de habilidades como negociação e comunicação jurídica, e aperfeiçoamento da postura profissional diante de juízes, conciliadores e outros operadores do Direito.
Afinal, do que se trata?
A correspondência jurídica consiste na prestação de serviços jurídicos pontuais realizados por terceiros, especialmente advogados, bacharéis ou estudantes de Direito, representando empresas, escritórios ou departamentos jurídicos, geralmente em locais onde esses não têm sede física.
A atuação do correspondente inclui tarefas como participar de audiências, realizar protocolos, buscar e entregar documentos, obter cópias de processos, acompanhar mandados, entre outras diligências, tanto presenciais quanto remotas.
Funciona como uma extensão da atuação jurídica em outra comarca, permitindo que advogados e estudantes ganhem experiência prática, construam rede de contatos e gerem renda com flexibilidade e baixo investimento inicial.
Início antes da OAB? Sim, é possível!
A principal vantagem da correspondência jurídica está no fato de que a inscrição na OAB não é exigida para muitas tarefas desempenhadas, permitindo que o bacharel em Direito ou até mesmo o estudante já tenha vivência com diligências reais.
A experiência obtida por meio da correspondência jurídica não apenas fortalece o conhecimento prático, mas também ajuda na construção de uma postura empreendedora, algo pouco abordado na formação acadêmica tradicional.
Representar clientes em diligências, interagir com juízes, conciliadores e servidores, aprender a lidar com prazos e desenvolver a comunicação jurídica são aspectos valiosos para quem almeja abrir o próprio escritório no futuro.
Fonte de renda
Além da formação prática, a correspondência jurídica pode ser também uma importante fonte de renda para quem está começando. Muitas das tarefas envolvidas são remuneradas por honorários fixos e com pagamentos rápidos.
O investimento inicial é baixo: plataformas digitais especializadas conectam correspondentes a escritórios, viabilizando o recebimento de demandas logo após o cadastro.
De início de carreira a plano de transição
Para advogados já habilitados, a correspondência também se mostra como um campo de atuação complementar ou até mesmo como via de transição de carreira.
Seja para ampliar a presença em outras comarcas, manter o ritmo de atuação enquanto estrutura o próprio escritório ou testar diferentes áreas do Direito, a prática contribui com bagagem, contatos e aprendizado constante.
Oportunidade
No Migalhas, você tem a oportunidade de transformar esse potencial em prática. A plataforma conecta correspondentes de todo o país a escritórios e departamentos jurídicos que buscam agilidade, confiança e comprometimento em diligências diversas.
Com poucos cliques, é possível se cadastrar, receber demandas e dar os primeiros passos, ou até mesmo consolidar uma nova fase, na sua trajetória jurídica.




