Renner cria senha "macaco" para funcionária negra e terá de se explicar
A senha foi atribuída à empregada após seu retorno de licença médica.
Da Redação
quinta-feira, 11 de dezembro de 2025
Atualizado às 09:19
A juíza do Trabalho Marcela Casanova Viana Arena, da 29ª vara do Trabalho de Porto Alegre/RS, determinou que a Renner apresente o histórico de senhas utilizado pela trabalhadora negra que afirma ter sido vítima de injúria racial no ambiente de trabalho. A medida foi concedida em tutela de urgência parcial para esclarecer as circunstâncias envolvendo a criação da senha "Macaco@2026", atribuída à empregada após seu retorno de licença médica.
Segundo a ação, a funcionária retornou ao trabalho em 28 de novembro de 2025 e necessitava de uma nova senha de acesso ao sistema interno, a ser cadastrada pela supervisão. De acordo com o relato, a senha fornecida teria sido "Macaco@2026", o que motivou o ajuizamento da ação. A autora pediu a alteração imediata da senha, certificação de prova e a apresentação de documentos relacionados à política de senhas da empresa e ao histórico de senhas de outros empregados.
Ao analisar o pedido, a magistrada afirmou que, embora a narrativa seja grave, ainda não há elementos suficientes nos autos para comprovar as alegações. Contudo, considerou necessária a exibição do histórico de senhas da trabalhadora pela Renner, a ser apresentada no mesmo prazo da contestação. Os demais pedidos liminares foram indeferidos.
A decisão também determinou que a empresa seja notificada para apresentar defesa em 15 dias, sob pena de revelia e confissão.
- Processo: 0021322-79.2025.5.04.0029
Leia a decisão.





