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O poder do networking: O que seu cérebro precisa saber para construir conexões poderosas

Networking eficaz depende do cérebro: Empatia, escuta ativa e follow-up são chaves para criar conexões reais, éticas e duradouras na advocacia.

23/4/2025

Você se formou em Direito, domina as teses, acompanha jurisprudências, estuda com profundidade…, mas na hora de conquistar um novo cliente, sente um bloqueio? Fica desconfortável em eventos sociais, não sabe o que dizer ou como abordar alguém sem parecer “vendedor”? Saiba que isso é mais comum do que parece — e a explicação está no funcionamento do seu cérebro.

A verdade é que a faculdade de Direito forma excelentes técnicos, mas ignora praticamente o desenvolvimento de habilidades de relacionamento e prospecção ética. 

O resultado?

Muitos profissionais altamente qualificados se sentem inseguros ou até paralisados quando precisam fazer networking ou gerar oportunidades de negócio.

Mas há uma boa notícia: você pode treinar o seu cérebro para se conectar melhor com as pessoas — e fazer isso com naturalidade, sem parecer forçado ou antiético.

Nosso cérebro é uma máquina social, evolutivamente programada para construir relacionamentos. Ao entrar em um ambiente novo, ele processa rapidamente informações para auxiliar na interação.

O mais interessante?

Os primeiros 7 segundos são cruciais. Nesse instante, neurotransmissores determinam se você sentirá empatia ou manterá distância. Por isso, a primeira impressão é tão poderosa.

Conexões memoráveis

Quando você conhece alguém, seu cérebro busca sinais de confiança e reciprocidade. Começar uma conversa mencionando algo em comum — uma experiência ou desafio profissional — ativa regiões cerebrais ligadas à empatia.

Dica prática: Prepare três histórias curtas e relevantes antes de eventos. Histórias envolvem tanto a linguagem quanto a emoção, tornando você mais memorável.

A química do networking

Ao estabelecer uma conexão significativa, seu cérebro libera oxitocina, o “hormônio da confiança”. Ele reforça a sensação de segurança e fortalece vínculos.

Para estimular essa química:

Esses hábitos aumentam a conexão emocional e favorecem interações autênticas.

O poder do follow-up

Nosso cérebro tem capacidade limitada para manter conexões. O follow-up não é somente uma formalidade, mas um processo essencial para consolidar relações. Estudos comprovam que ao menos três interações significativas são necessárias para criar um vínculo duradouro.

Como fazer follow-up eficaz:

Esses passos reforçam o contato e criam oportunidades futuras.

Conclusão

Networking vai além de colecionar contatos; trata-se de construir relacionamentos autênticos e duradouros. Compreender como o cérebro processa essas interações oferece uma vantagem estratégica para conexões mais significativas.

Lembre-se: seu cérebro é sua maior ferramenta para networking. Use-o com inteligência, e as conexões certas surgirão naturalmente.

Diego Parra
Gerente de Marketing e Business Development no Battaglia & Pedrosa Advogados, especialista em Neuromarketing e estratégias de marketing jurídico. Possui ampla experiência em inbound marketing, SEO, análise de dados e coordenação de produção de conteúdo. Co-autor do livro digital "Pedindo Vista" e colunista do site www.onmarketingjuridico.com.br e palestrante convidado na Fenalaw.

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