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Política econômica da China nas negociações com o Brasil

No contexto da política econômica da China nas negociações com o Brasil, a expressão "Hard Sharp" não é um termo técnico reconhecido.

25/5/2025

No contexto da política econômica da China nas negociações com o Brasil, a expressão "Hard Sharp" não é um termo técnico reconhecido, mas pode ser interpretada como uma abordagem firme e estratégica adotada pela China para promover seus interesses econômicos e geopolíticos. Essa postura tem se manifestado em diversas iniciativas recentes que fortalecem os laços entre os dois países.

Principais desenvolvimentos nas relações econômicas China-Brasil

1. Acordos bilaterais e investimentos:

Durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China em maio de 2025, foram assinados mais de 20 acordos bilaterais, abrangendo setores como agricultura, infraestrutura, energia e tecnologia. Esses acordos incluem investimentos chineses significativos em ferrovias e portos brasileiros, visando melhorar a logística de exportação de commodities agrícolas e minerais.

2. Desdolarização do comércio:

Em março de 2023, Brasil e China concordaram em realizar transações comerciais utilizando suas moedas locais, o real e o yuan, eliminando a dependência do dólar americano. Essa medida visa reduzir custos de transação e aumentar a autonomia financeira de ambos os países.

3. Acordo de Swap Cambial:

Em maio de 2025, o Banco Central do Brasil anunciou um acordo de swap cambial com o Banco Popular da China, no valor de até 157 bilhões de reais (aproximadamente US$ 27,7 bilhões), com duração de cinco anos. Esse acordo tem como objetivo aumentar a liquidez e apoiar os mercados financeiros em momentos de estresse.

4. Iniciativas de infraestrutura:

A China está investindo em projetos de infraestrutura no Brasil, incluindo a construção de terminais portuários e ferrovias para facilitar o escoamento de grãos e minerais. Esses investimentos fazem parte da estratégia chinesa de garantir o abastecimento de alimentos e matérias-primas, ao mesmo tempo em que fortalecem sua presença econômica na América do Sul.

Implicações Estratégicas

A abordagem chinesa nas negociações com o Brasil reflete uma combinação de interesses econômicos e geopolíticos. Ao fortalecer os laços com o Brasil, a China busca diversificar suas fontes de importação, especialmente em um cenário de tensões comerciais com os Estados Unidos. Para o Brasil, a parceria com a China representa uma oportunidade de atrair investimentos, expandir mercados para suas exportações e aumentar sua influência no cenário internacional.

Em resumo, embora "Hard Sharp" não seja um termo técnico estabelecido, ele pode ser interpretado como uma descrição da postura assertiva e estratégica da China nas negociações econômicas com o Brasil, visando consolidar sua posição como parceiro comercial e investidor-chave na região.

Ronaldo Paschoaloni
Especialista em Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro-UNISANTA; Perito Judicial -Credenciado pelo CRA-SP; Extensão Gestão Estratégica FGV-EAESP SP.Fundador GENERAL DOCK CONSULTORIA E LOGÍSTICA LTDA.

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