Com a transmissão de um congresso sobre direito ao patrimônio genético, a OAB/RJ inaugurou uma rede de ensino telepresencial do estado. O evento foi transmitido via satélite para a sede da entidade e mais 41 subseções. O coordenador executivo do projeto, Luiz Felipe Bezerra, prevê que, nessa primeira fase, a rede atenda pelo menos dois mil alunos por aula. "Muitas instituições privadas não têm essa capacidade", afirmou ele.
Já o diretor-geral da Escola Superior de Advocacia, Renan Aguiar, disse que o objetivo da rede é atender a todas as 60 subseções da OAB/RJ. Porém, algumas ainda não têm estrutura para isso, e outras estão instaladas nos fóruns, o que também inviabiliza a construção de uma sala de aula, explicou ele. "A meta é fazer com que todos tenham acesso ao mesmo conteúdo dos cursos, no mesmo dia e horário, assim como ao mesmo professor", assinalou Renan.
Todos os cursos dessa primeira fase do projeto serão gratuitos, informou o diretor da ESA. A opção por começar as teletransmissões via satélite, de acordo com Renan, se deu por conta da realidade das conexões de internet no interior: "Em geral, os cursos telepresenciais trabalham com transmissões via internet, mas priorizamos o uso do satélite por conta da baixa qualidade da banda larga fora da região metropolitana do Rio de Janeiro", explica.
De acordo com o coordenador do projeto, o modelo adotado pela ESA permite a realização de transmissões para qualquer ponto do Brasil ou até da América Latina. "Pode-se assistir uma aula na Floresta Amazônica, por exemplo, instalando apenas uma antena e um codificador", exemplificou ele.
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