Migalhas Quentes

PSB questiona decretos de Bolsonaro sobre armas de fogo

Para a legenda, as normas contrariam o Estatuto do Desarmamento, violam o princípio da separação dos poderes e colocam em risco a segurança da coletividade.

18/2/2021

O PSB - Partido Socialista Brasileiro ajuizou, no STF, ação contra quatro decretos do presidente Jair Bolsonaro que flexibilizam as regras para aquisição e porte de armas de fogo.

(Imagem: Agência Câmara)

Decretos

O decreto 10.627/21 retira do Exército a fiscalização da aquisição e do registro de alguns armamentos, máquinas para recarga de munições e acessórios. O decreto 10.628/21 aumenta de quatro para seis o limite máximo para a aquisição de arma de fogo de uso permitido pela população civil. O decreto 10.629/21 estabelece que a comprovação da capacidade técnica para o manuseio de armas para caçadores, atiradores e colecionadores poderá ser feita mediante laudo de instrutor de tiro desportivo, sem necessidade de comprovação junto ao Exército. Finalmente, o decreto 10.630/21 autoriza a condução simultânea de até duas armas de fogo para quem tem porte.

Risco à segurança

O PSB alega que as normas vão em sentido contrário ao do Estatuto do Desarmamento (lei 10.826/03) e violam o princípio da separação dos poderes (artigo 2º da Constituição Federal), pois inovam o ordenamento jurídico em sentido contrário à política pública instituída legitimamente pelo Congresso Nacional.

Afirma, ainda, que os decretos vulneram os direitos fundamentais à vida, à segurança pública e à dignidade da pessoa humana, porque “colocam em risco a segurança da coletividade, ao facilitar o acesso a arma de fogo, além de excluir a fiscalização por parte do Comando do Exército sobre determinados armamentos”.

Segundo o advogado Rafael Carneiro (Carneiros e Dipp Advogados), que atua pelo partido, “as insistentes flexibilizações para o acesso e o porte de armas de fogo pela população civil terão como consequência o aumento dos crimes violentos e da mortalidade no Brasil. Já se demonstrou que desde 2019, ano em que tais normas passaram a ser implementadas, houve um lamentável crescimento do índice de mortes violentas no país. Essas medidas violam o direito à vida e as prerrogativas do Parlamento, garantidos pela Constituição Federal. Também significam uma inconstitucional privatização da segurança pública”.

Veja a inicial.

_______

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas Quentes

Bolsonaro amplia facilidade para compra e registro de armas

13/2/2021
Migalhas Quentes

Partido político aciona STF contra ato de Bolsonaro que zerou imposto de importação de armas

13/12/2020
Migalhas Quentes

Bolsonaro altera decreto de armas e libera porte a advogados

22/5/2019

Notícias Mais Lidas

Deputado do Acre se confunde e chama Vade Mecum de “Freddie Mercury”

3/5/2024

Governo adia Concurso Unificado em todo o país após chuvas no RS

3/5/2024

TST: E-mail de superior a marido de empregada comprova assédio sexual

3/5/2024

Justiça homologa acordo que suspendeu Concurso Nacional Unificado

4/5/2024

Lula sanciona lei que cria o marco legal dos jogos eletrônicos

6/5/2024

Artigos Mais Lidos

Juridicamente, empresas não podem sofrer falência!

3/5/2024

Honorários advocatícios na execução por quantia certa

3/5/2024

Discussão acerca dos juros remuneratórios em contratos bancários: Uma abordagem cautelosa

3/5/2024

A NR 38 e o custo da segurança: Um investimento que vale a pena

4/5/2024

A penhora sobre o percentual do faturamento

3/5/2024