Sob o panorama das inovações tecnológicas e hipóteses de regulação da inovação, TV Migalhas entrevistou Sílvia Piva, sócia do GHPB Advogados, durante a Fenalaw 2023. Para especialista, não é preciso aguardar uma regulação para que empresas criem rotinas de boas práticas e bons princípios de uso das novas tecnologias, como a Inteligência Artificial.
Segundo Silvia, quando se fala em regular a inovação, as pessoas costumam entender que se trata de “impedir que a inovação aconteça”. Entretanto, a advogada alerta que a discussão de regular ou não regular a área é um “maniqueísmo que não deveria existir”.
Isso porque a tarefa do profissional da área jurídica é entender o contexto dos novos fenômenos, como a tecnologia interage com a sociedade e questionar o que há de bom ou ruim, diz a especialista.
A partir desse ponto de vista, completa a advogada, o papel do direito é garantir a estabilidade social, segurança jurídica, ética e proteção da sociedade. Por isso, torna-se necessário falar dos bons usos e práticas.
Sílvia ainda cita o exemplo da “Shadow AI”, quando colaboradores de empresas usam tecnologias de forma “não institucionalizada”. Ou seja, a empresa sabe da prática no ambiente corporativo, mas não se manifesta a seu respeito. A advogada alerta que isso gera um risco tanto para o colaborador quanto para a empresa.
Confira a entrevista:
O evento
De 25 a 27/10 acontece, no Centro de Convenções Frei Caneca, em SP, a Fenalaw 2023. O evento, que comemora seus 20 anos no mercado, trará oito auditórios, 400 palestrantes e mais de 100 expositores e patrocinadores para apresentar tendências, soluções e inovações do setor jurídico.