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Advogado deixa cativeiro e morre de enfarto em São Paulo

O advogado Ademar Boaventura Michels (OAB/SP 71.178) que estava sequestrado há 17 dias conseguiu deixar o cativeiro na madrugada de ontem, 12/5, e morreu de enfarte. Ademar era formado pela Faculdade de Direito da Universidade de Guarulhos (Turma de 1980).

13/5/2009


Falecimento

Advogado deixa cativeiro e morre de enfarte em São Paulo

O advogado Ademar Boaventura Michels (OAB/SP 71.178) que estava sequestrado há 17 dias conseguiu deixar o cativeiro na madrugada de ontem, 12/5, e morreu de enfarto. Ademar era formado pela Faculdade de Direito da Universidade de Guarulhos (Turma de 1980).

O advogado de 60 anos, pai do vereador Lauro Michels - PSDB, de Diadema, foi encontrado por volta das 6h no bairro Alto de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. O advogado foi encontrado com ferimentos nos punhos, provavelmente por ter sido algemado ou acorrentado durante o sequestro.

O advogado chegou em uma guarita de segurança por volta da 1 hora. O vigia disse em depoimento que Michels estava muito confuso e não conseguia lembrar nomes e telefones de parentes. Ele pediu um copo de água, contou que morava em Diadema e que havia sido sequestrado duas semanas atrás, mas não conseguia lembrar nada sobre a sua família.

Depois de 20 minutos, o advogado se levantou e foi até o outro lado da rua, onde se sentou novamente. Mais 10 minutos se passaram e o advogado começou a gritar por socorro. O vigia e um motorista de ônibus que passava pelo local chamaram a polícia, mas quando os policiais chegaram Michels já estava morto. O comando da polícia investiga se houve demora no atendimento.

O sequestro aconteceu às 7h da manhã do dia 27/4, quando Michels chegava em seu escritório, na rua Manoel de Nóbrega, em Diadema, quando foi abordado por dois homens. Ele foi levado em um veículo Astra, de cor prata, e nunca mais foi visto.

O presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, lamentou  a morte do advogado Ademar Boaventura Michels, no último dia 13/5, após sequestro. Boaventura tinha 60 anos e advogava havia 26 anos na cidade de Diadema, no ABC paulista, onde era bastante conhecido. A casa onde está sediada a Subsecção de Diadema foi doada pelo advogado. "Lamentamos que a violência tenha feito uma nova vítima e levado um colega que tantos serviços prestou à classe e um homem público de muitas qualidades", afirmou D'Urso.

Boaventura se formou advogado pela Faculdade de Direito da Universidade de Guarulhos, em 1981. Além de exercer a advocacia, Boaventura chefiou o gabinete do prefeito de Diadema quando seu tio, Lauro Michels, ocupou o cargo, entre 1977 e 1982. Atualmente, um filho de Boaventura, Lauro Michels Neto, é vereador em Diadema pelo PSDB.

Boaventura foi sequestrado às 7h do dia 27/4, quando chegava para trabalhar em seu escritório, em Diadema. Ele foi levado por criminosos que estavam divididos em dois carros. Nos 17 dias de cativeiro, os criminosos fizeram cinco contatos com os familiares do advogado para exigir R$ 2 milhões de resgate, valor que não foi pago. Não se sabe se Boaventura foi solto ou fugiu. O advogado foi encontrado passando mal por um vigia na avenida Diógenes Ribeiro de Lima, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. O vigia ligou para a PM, mas quando a polícia chegou ao local Boaventura já estava morto, vítima de provável infarto.

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