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Business Plan para visto americano: Entenda o que é e por que ele pode decidir o seu futuro nos EUA

Business Plan é peça-chave para vistos como EB-2 e EB-5, exigindo estratégia e técnica para demonstrar viabilidade e impacto nos EUA.

terça-feira, 1 de julho de 2025

Atualizado às 09:04

Muitos brasileiros sonham em viver legalmente nos Estados Unidos, buscando estabilidade, segurança e oportunidades. Mas poucos sabem que, para isso, não basta apenas preencher formulários. Em diversos tipos de vistos americanos - como o EB-2 NIW, o EB-5 e o L-1 - um Business Plan bem elaborado pode ser o divisor de águas entre a aprovação e a negativa do processo.

O Business Plan (ou plano de negócios) para fins de imigração não é um documento genérico. Ele deve ser personalizado, técnico, estratégico e, acima de tudo, convincente. O plano precisa mostrar ao oficial de imigração que o projeto do imigrante é real, viável, útil aos Estados Unidos e compatível com as exigências da USCIS (agência de imigração americana).

Em outras palavras, trata-se de provar que o estrangeiro tem uma proposta concreta de contribuição econômica, científica, cultural ou profissional para os EUA - seja através da geração de empregos, investimentos, conhecimentos ou inovação.

Imagine que você está diante de um agente consular e tem apenas um documento para provar que seu projeto faz sentido, que vai dar certo e que você merece o green card. Esse documento é o Business Plan.

Um erro comum é confundir o plano imigratório com um plano de negócios comum. Os planos empresariais tradicionais, usados para conseguir empréstimos ou sócios, são diferentes. O plano para o visto americano tem estrutura, linguagem e foco voltados para demonstrar impacto econômico, relevância nacional ou benefício substancial aos EUA, conforme cada categoria de visto.

O visto EB-2 NIW, por exemplo, exige que o estrangeiro comprove que sua atuação será do interesse nacional dos Estados Unidos. O plano deve apresentar dados, projetos, metas, investimentos e projeções alinhadas com o campo de atuação do profissional.

Já o visto EB-5, focado em investimentos, exige um plano que detalhe o valor a ser aplicado, a criação de no mínimo 10 empregos e o cronograma de desenvolvimento do negócio.

Em ambos os casos, um plano mal redigido pode levar à negativa do visto, mesmo que o candidato seja altamente qualificado. Por outro lado, um plano bem fundamentado, com dados consistentes, linguagem técnica e aderência aos critérios da imigração, aumenta significativamente as chances de sucesso.

Por isso, é essencial contar com profissionais especializados em planos imigratórios. Um advogado com experiência em imigração e business plans compreende não apenas o que deve ser escrito, mas como deve ser apresentado à luz das exigências legais americanas.

Se você pensa em aplicar para um visto americano com base na sua carreira, empresa ou plano de vida, o primeiro passo é ter um Business Plan estratégico, validado por especialistas.

Afinal, nos processos imigratórios, o seu plano não é apenas um documento - é o seu futuro traduzido em argumentos técnicos.

Ricardo Nascimento Fernandes

Ricardo Nascimento Fernandes

Militar da Reserva, Professor Doutorando em Filosofia do Direito, Advogado Especialista em Direito Processual Civil, Direito Administrativo, Direito da Pessoa com Deficiência e Concurso Público, Escritor e Palestrante.

Thomaz Gouveia Leite Fernandes

Thomaz Gouveia Leite Fernandes

Estagiário Horizon Hi Scholl - OCPS.

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