A importância de um business plan alinhado com os critérios da USCIS
Business Plan é peça central nos vistos EB-2 NIW, EB-5 e L-1, devendo seguir critérios técnicos da USCIS para garantir alinhamento legal e evitar recusas.
terça-feira, 8 de julho de 2025
Atualizado em 7 de julho de 2025 16:29
O Business Plan é um dos documentos mais relevantes nos pedidos de visto EB-2 NIW, EB-5, L-1, entre outros. Mas não basta ser bem escrito, bonito ou convincente. Para ser aceito, o plano deve estar alinhado com os critérios técnicos da USCIS, órgão responsável por aprovar ou negar a solicitação.
Muitos candidatos falham por acreditar que o Business Plan deve apenas "vender" uma boa ideia. No entanto, o verdadeiro objetivo é comprovar, de forma jurídica e estratégica, que o projeto está de acordo com os regulamentos imigratórios americanos.
Vamos a alguns exemplos práticos:
- No visto EB-2 NIW, a USCIS exige que o plano comprove:
- Que o trabalho do estrangeiro possui mérito substancial;
- Que ele terá impacto em âmbito nacional;
- Que a dispensa da oferta de trabalho atende ao interesse dos EUA.
Um plano desalinhado com esses critérios pode até ser bem redigido, mas será ineficaz, pois não responde às exigências da lei.
- No EB-5, os critérios são ainda mais objetivos:
- Investimento mínimo (US$ 800 mil ou US$ 1.050.000);
- Criação de pelo menos 10 empregos diretos;
- Origem lícita e comprovada dos recursos;
- Cronograma executável e indicadores de sucesso.
Se o Business Plan não apresenta essas informações com clareza, o processo será prejudicado - mesmo que o candidato tenha o dinheiro necessário.
- No L-1, é necessário comprovar a relação entre empresa no exterior e nos EUA, bem como a função executiva ou gerencial do aplicante.
O plano deve detalhar como a filial americana operará, gerará receita e manterá a estrutura exigida pelo visto.
Ou seja, cada categoria de visto tem critérios próprios, e o Business Plan deve ser moldado com base nesses parâmetros.
Não se trata de criatividade, mas de precisão estratégica e legal.
A própria USCIS, em diversos memorandos e decisões administrativas, já destacou a necessidade de que os Business Plans para imigração:
- Sejam realistas e verificáveis
- Contenham dados econômicos concretos;
- Apresentem cronograma, impacto e estrutura empresarial;
- Estejam de acordo com políticas públicas americanas.
Além disso, o plano precisa dialogar com outros documentos do processo, como:
- Petição do advogado;
- Evidências profissionais;
- Declarações, contratos, diplomas, cartas de apoio.
Quando o plano está desconectado do restante do processo, o resultado costuma ser RFE - Request for Evidence ou negação direta.
Como garantir esse alinhamento?
Contando com especialistas na elaboração de planos imigratórios, com domínio jurídico e conhecimento prático dos critérios da USCIS.
Advogados e consultores com experiência sabem como construir o plano para responder exatamente ao que o agente imigratório espera ler - com clareza, objetividade e prova.
O futuro do aplicante depende da credibilidade e da solidez documental do processo. E o Business Plan é o centro dessa estrutura.
Em vez de tratar o plano como um acessório, pense nele como o eixo central do pedido de visto. Alinhado com a legislação e com os objetivos do candidato, ele pode ser o maior aliado rumo ao green card.
Ricardo Fernandes
Professor, Escritor, Pesquisador, Palestrante, Policial Miltiar da Reserva. É Advogado Especialista em Concurso Público, Direito da PCD, Direito Internacional. Direito Processual Civil, Administrativo
Thomaz Gouveia Leite Fernandes
Estagiário Horizon Hi Scholl - OCPS



