dr. Pintassilgo

Orlândia

Ao contrário da maioria dos municípios que se originaram de aglomerações que se formaram em torno de alguma atividade agrícola, Orlândia nasceu em volta da Estação Coronel Orlando, fundada em 1901. O Coronel Francisco Orlando Diniz Junqueira doou parte da Fazenda Boa Vista para que a Companhia Mogiana de Estrada de Ferro e Navegação instalasse uma estação de trem. Na ocasião, a estrada de ferro transportava gado do Triângulo Mineiro para Campinas.

Ao seu redor da Estação começaram a surgir as primeiras moradas passando a chamar-se Vila Orlando. Em 1907, foi levantado um cruzeiro para uma missa campal, onde a partir do ano seguinte, começou a construção da Igreja de Santa Genoveva, em homenagem póstuma à esposa do Coronel Orlando, dona Genoveva Angélica Teixeira Junqueira.

Em 1909, o povoado que se formou em torno da estação foi elevado à categoria de vila e já contava com 11 casas e uns 50 habitantes, entre os quais, Arthur Oliva, encarregado da Cooperativa do Coronel Orlando. No dia 30 de março de 1910, passou ao status de Município e Comarca regional, sendo que seu primeiro prefeito foi o Sr. José Aurélio da Silva.

Por ordem do coronel Francisco Orlando, o engenheiro Luís de Mello Marques, projetou um plano futurístico para a criação da cidade, com ruas largas e duplas, logradouros públicos e canteiros ao meio das avenidas culminando com a construção do Paço Municipal. Em torno da cidade, se estabelece um cinturão verde e pequenas granjas.

Perto de completar um século de existência, Orlândia se firma como centro de uma micro região voltada para a produção e o beneficiamento de grãos. A indústria de empacotamento de arroz surgiu no município abrindo espaço para outras indústrias que vieram com o plantio de grãos: a indústria do óleo de soja, algodão e milho, por exemplo.

Economia

Além da Carol e do arroz Brejeiro, Orlândia tem empresas de peso atuando diretamente na cadeia produtiva de grãos, como a Coimbra e a Agromen. No setor de metalurgia, a Morlan se destaca, exporta arames e telas para a Europa, América do Norte, América Central, América do Sul, África e Oceania. Há também a indústria de terminais elétricos Intelli. São estas as maiores empresas do município, que giram a economia local e fazem a cidade ter um grande orçamento.

  • Personagens

Francisco Orlando Diniz Junqueira


Francisco Orlando Diniz Junqueira (1858-1940), grande fazendeiro, plantador de café e criador de gado Vacum e aprimorador da raça Mangalarga. Estabeleceu-se na Fazenda Bela Vista. Em 1900, a Cia Mogiana de Estradas de Ferro construída um ramal até Uberaba, nas Minas Gerais, para o melhor aproveitamento da região agrícola e escoamento de mercadorias da chamada Alta Mogiana.




Hersílio Ângelo

Criador da Maratona Euclidiana e um dos responsáveis pelo incremento do movimento euclidiano em São José do Rio Pardo. Natural de Orlândia (SP), Hersílio Ângelo foi casado com Odete Junqueira, que faleceu no dia 12 de junho de 1999 aos 75 anos. O casal teve 3 filhos: Maria Lúcia Ângelo de Andrade, Moisés Junqueira Ângelo e Maristela Junqueira Ângelo Hasenmyer (que mora nos Estados Unidos). São netos: Rodrigo, Carolina, Marcos, Mauro, Lucas e Maria. Hersílio participou da revolução constitucionalista de 1932, quando foi acometido de febre amarela, e sempre mencionava tal fato aos netos, que muito o estimavam. Cidadão rio-pardense desde 9 de agosto de 1986, quando a Câmara lhe outorgou tal título, era formado em Letras pela USP de São Paulo e pouco depois de iniciar a carreira de professor mudou-se para São José do Rio Pardo, onde se fixou. Lecionou em São José no Instituto de Educação e na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, onde também foi diretor. Deu aulas também na PUC de Campinas. Aposentou-se em 1964 e foi colaborador da Gazeta do Rio Pardo por vários anos.



Max Leonardo Define

O imigrante italiano Max Leonardo Define nasceu em Nápole, Itália, em 1916. Veio para o Brasil e começou a vida trabalhando na Fazenda Agudo, em Orlândia, onde sua principal fonte de renda era a produção carvão. Define, um grande empreendedor, foi figura importante no cenário agroindustrial brasileiro, sendo pioneiro no empacotamento de arroz no País. Em 1944 o empresário fundou o Brejeiro, mas, foi também sócio-fundador da Comove e da Guabi. O industrial também se destacou como grande esportista, sendo tricampeão de natação, fazendo a travessia a nado de São Paulo. O espírito empreendedor e a personalidade forte e alegre fizeram de Define uma figura muito querida, admirada e respeitada, não só dentro do Brejeiro, mas em todo seu círculo de amizade, amizades essas que perduraram até 2002, quando esse veio a falecer.

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