Migalheiros

"Prezados migalheiros, aproveitando o fato de estar em férias, tirei uma semana para visitar amigos de Petrópolis e São Paulo. Visitei três, mas faltou um, que me visita todas as sextas-feiras, o Desembargador Adauto, uma visita felizmente crônica, que dedica a todos nós. O tempo conspirou para que não nos conhecêssemos pessoalmente: o tempo dele (tomado por seus compromissos), o pouco tempo de que eu dispunha e o tempo (clima), que derramou água desvairadamente sobre a Paulicéia, tornando-lhe o trânsito mais difícil do que costuma ser. De volta a Porto Alegre, lendo o Migalhas dos Leitores, encontro uma dedicatória a mim, feita pelo Prof. Cleanto, ilustre migalheiro e, como viram os senhores, 'amigo de fé'. Invoco o testemunho do Mestre Adauto e do conterrâneo Meira, que o conhecem pessoalmente, e que podem confirmar a capacidade e o bom caráter do professor Cleanto,  dotes que sua humildade e modéstia não conseguem ocultar. Cleanto sei que está entre as pessoas 'felizes, justas e sábias'; entre as pessoas que se caracterizam por 'raciocinar com lucidez e agir com justiça' (valendo-me do texto que me dedicou). E, agora remetendo-me a Antoine de Saint-Exupéry, para quem 'o essencial é invisível para os olhos', digo-lhes que o professor e amigo Cleanto é sábio, justo e feliz, porque vê muito bem, com os olhos e, sobretudo,  com o coração. Obrigado, amigo."