Governo Lula

15/1/2010
Aderbal Bacchi Bergo - magistrado aposentado

"'Iremos mexer na taxa de juros, no câmbio e nas metas de inflação' Esta declaração foi feita por Presidente de um Partido de Oposição, Senador Sérgio Guerra. (Veja desta semana). 'Se vier acompanhada (essa mudança) de forte ajuste fiscal que, por exemplo, previsse a obtenção de déficit nominal zero - hipótese em que até as despesas com os juros da dívida estariam cobertas; se for assim, os juros despencariam naturalmente... em todo o caso, as regras de intervenção pretendidas na política cambial teriam de ser imediatamente esclarecidas para evitar especulações e o jogo delineado assim: por que fechar um contrato de financiamento habitacional a juros fixos, se em alguns meses os juros poderão mergulhar?... Se o Real será desvalorizado, convém antecipar importações e até mesmo adiantar o pagamento de contas externas a um dólar ainda barato...e não seria esta a hora para fazer um bom pé-de-meia em dólares? ....sair dos fundos de renda fixa e aplicar nos fundos que garantem variação cambial.' (Celso Ming, Estadão, 13/1/2010)Destaco a colocação: 'Se vier acompanhada de forte ajuste fiscal que, por exemplo, previsse a obtenção de déficit nominal zero....' Digo eu que ajuste fiscal, ou redução de despesas, pressupõe redução de corrupção, de superfaturamentos, o que, à evidência, não é o objetivo da maior parte de nossa classe política, que sempre agiu com extremada má-fé. É quase que impossível que um brasileiro erre a esse respeito se considerar que a quase totalidade de ações dos governos, desde sempre, são fundamentadas na má-fé. 'O Brasil é o país mais original do mundo. É o único que não tem governo nem oposição... Lula reduziu o Legislativo a figura decorativa e a oposição, a trapo..' (Gilberto de Mello Kujawski, Estadão, 12/4/2007). Ao ensejo, '...o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.' (Ruy Barbosa). Saudações,"

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