Sarney

4/2/2010
Patrícia Almeida S. Fernandes

"Estou admirada e animada com a manifestação do Estadão no affaire Sarney. O patrono merece elogios. É, além de uma aula de liberdade de imprensa, um texto de riquíssimo sabor literário (o item '7' é o melhor). Ah, como é raro hoje em dia, na práxis forense, encontrar petições assim. É um típico pedido 'autodeferível'. Eis, então, o porquê de eu estar admirada. Mas o que me deixa animada é outra característica : a 'concisão'. Para convencer, não é preciso se encompridar em fastidiosos arrazoados. Aliás, quem diz muito é porque não tem razão. As peças processuais longuíssimas, repetitivas até mandar parar, são regra hoje em dia. E são, por vezes, a causa da  lentidão (mitológica) do Judiciário. São, também, as responsáveis por aquilo que hoje é lugar-comum ouvir : que juiz não lê petição. Algumas, é claro que não lê. Mas quem aguenta ler ? Nesse sentido, proponho que Migalhas encampe uma luta em prol de que as manifestações feitas pelas partes no sejam completas, mas curtas, breves, ou seja, em migalhas. E ninguém melhor do que este informativo para promover essa ideia : petições em migalhas, já !, seguindo o exemplo do advogado Manuel Alceu Affonso Ferreira (Migalhas 2.320 - 3/2/10 - clique aqui)."

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