"Meu Deus, mas que cidade linda"

23/4/2010
Roberto Twiaschor

"À zero hora de 21 de Abril de 1960, como violinista da Orquestra de Câmara de São Paulo, participei junto com o Madrigal Renascentista de Belo Horizonte, da execução da Missa da Coroação de Mozart, inaugurando, na Esplanada dos Três Poderes, a nova Capital, Brasília, esperança de um Brasil promissor e justo (Migalhas 2.370 - 20/4/10 - "Meu Deus, mas que cidade linda"). Hoje, passados exatos cinquenta anos, não tenho motivo para comemorações. A democracia de então passou por um período ditatorial seguido de uma pseudo democracia, que, na realidade não passa de uma mal disfarçada ditadura. O legislativo preocupado com os mensalões da vida; o Judiciário transformado em quintal do Executivo, o executivo fazendo pouco caso do Judiciário. Se isso não bastasse, lança o PNH3 comuno-terrorista, tendo como antecipação a famigerada censura inconstitucional. E os donos do poder? São aqueles terroristas que entre outras "boas ações" estraçalharam o soldado Kozel Filho. Pessoas duras, incapazes de esboçar um sorriso e que, de repente, não mais que de repente, colocam a ex-terrorista Dilma sorridente, como se fosse garota propaganda de pasta dental. Aposentado é tratado como se lixo fosse. Espero que Outubro seja marco de uma nova fase do Brasil. Não sou político, mas, como músico, tenho o direito de ser idealista."

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