Exame da Ordem n° 125

28/3/2005
Cláudia Bearzotti Pompeu

"Li o protesto sobre a 2ª fase do Exame da Ordem de tributário e achei fantástico. Sou examinanda deste exame 125° e enquanto fazia a prova me senti enganada,pois gastei R$ 1.000,00 em livros sobre impostos, princípios, enfim, ações típicas do direito tributário e eis que as perguntas tomaram rumos totalmente opostos, pois o que foi perguntado não se tratava de pilares do direito tributário, o que evidentemente nós, recém formados, teríamos condições de responder, foram questões muito intrínsecas, específicas, que apenas alguns juristas de notório conhecimento tributário e muita experiência profissional, poderiam responder em exíguas 4 horas. Além de dinheiro investido, horas de estudos também foram totalmente desrespeitadas pelas perguntas propostas. Outra coisa que gostaria de deixar claro é que entendo a necessidade da avaliação, não discordo dela, nem tampouco me recuso a fazê-la, apenas desejo que os critérios sejam revistos, uma vez que, trata-se de um exame onde se pretende avaliar se o bacharel recém formado tem condições de ingressar nos quadros da ordem, e com isso começar sua carreira, ou seja, deve o exame estar condizente com essas condições e mais, como bem explanado no artigo mencionado, o próprio gabarito divulgado pelo site da OAB, deixa claro que as outras matérias não padeceram deste lamentável problema. Apenas para complementar, minha experiência profissional e justamente na área de educação e parece para mim que a OAB em sua avaliação, está tomando um rumo que vai justamente na contramão do que pensam hoje, os expoentes da educação quanto a forma de avaliar. Os pedagogos que acompanham os noticiários e vêem os baixos níveis de aprovação, devem perguntar-se: será apenas a qualidade do ensino? Será a forma de avaliar? Ou Ambos? De qualquer modo, eu, enquanto avaliada, me senti, estranhamente injustiçada, ao prestar um exame que justamente me habilita a ingressar em uma carreira jurídica onde meu compromisso com a JUSTIÇA foi além do juramento feito na colação de grau, mas na busca da efetiva JUSTIÇA para todos e por todos!"

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