Violência

19/5/2010
Claudia Correa

"Caro migalheiro dr. Olavo, desculpe-me, mas não vejo motivo algum para tanta veemência da sua parte. O senhor, primeiramente, colocou o seu parecer sobre o assunto. E, eu, posteriormente, também coloquei o meu. Foi apenas isso, nada mais do que isto. Além do que, não contestei a sua opinião. Ao contrário, concordei com ela quando disse que 'qualquer ato de violência é um sinal de problema psicológico'. E a prova de que não é preciso obter um diploma de médica-psiquiátrica para associar violência ao desequilíbrio emocional é que até mesmo o senhor, do meio jurídico, também 'diagnosticou', antes de mim, o fato da violência advir de um problema emocional, correto? Isso não é um mero palpite, é um fato. E como o senhor deve saber muito mais do que eu: contra fatos não há argumentos, correto? E mesmo que tivéssemos expressado opiniões completamente opostas, o que não foi o caso, pois divergimos em alguns pontos apenas, ainda assim não nos caberia o direito, nem a um, nem a outro, de tentar por meio de imposição, fazer prevalecer esta ou aquela opinião. É preciso não só saber falar, mas também saber ouvir. E quando em diálogo aberto e informal, como é o caso do espaço que Migalhas gentilmente nos cede, precisamos 'ouvir' as opiniões dos demais migalheiros com humildade, com serenidade e, principalmente, com sabedoria, para conseguirmos então perceber que a opinião alheia é apenas mais uma opinião e não tomar isso como uma ofensa pessoal. Contestar e ser contestado é uma coisa (e faz parte da natureza humana), sentir-se ofendido com as contestações é outra completamente diferente. Atenciosamente,"

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