Artigo - Voto obrigatório

1/7/2010
Jose Henrique Lira Rabelo - advogado da Petrobras

"Assegurar que todos os cidadãos exerçam a soberania popular através do voto é uma coisa, obrigar alguém a votar em quem não quer é outra (Migalhas 2.418 - 30/6/10 - "Espontânea pressão" - clique aqui). Aliás, é demais intrigante que o voto (válido ou nulo)é o que confere aos brasileiros a condição de cidadão e lhes garante certas 'benesses': poder tirar pasaporte, fazer negócios com o governo, assinar abaixo assinados, financiamentos etc. Enfim, quem não vai às urnas é um 'nada', não existe e tem até o salário descontado. A única razão para isso é simples, legitimar o mandato de quem poderia não ter tanta legitimidade se o voto não fosse obrigatório. Digamos que numa eleição majoritária, num universo de 20 mil eleitores, o eleito com 8 mil votos se sente o 'rei do tomate estragado' para mandar, desmandar e abusar, pois 40% do eleitorado sufragou seu nome nas urnas, sabe Deus a troco de quê! Imagine se ele fosse eleito com apenas 1000 votos?! Ah, ele seria bem mais humilde. Voto obrigatório, o maior engodo inventado pela elite dominante. Chega!"

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