Caso Bruno

8/7/2010
Amanda de Abreu Cerqueira Carneiro - OAB/RJ 137.423

"Caro diretor, ontem fiquei, por longo tempo, em um trânsito infernal e fiquei estarrecida quando descobri o motivo (Migalhas 2.424 - 8/7/10 - "Caso Bruno" - MI - clique aqui). Um comboio, com mais de 20 carros da Civil, que conduzia o goleiro Bruno do Flamengo e o vulgo Macarrão à Delegacia de Homicídios da Barra da Tijuca, com as sirenes às alturas e fazendo todo o alarde que não deveriam fazer, porque é munição para a imprensa fazer o circo que vem fazendo. Meu Deus, estavam transportando quem? Fernandinho Beira-Mar? Um 'hannibal' da vida? Ora, nada é conclusivo ainda e vejo, claramente, agentes públicos 'na e da mídia', quando deveriam estar executando as suas funções e não divulgá-las, enquanto nada for decisivo. Mais uma vez, teremos um julgamento 'à pão e circo', pela influência da mídia avassaladora. E me admiro ainda assistir um renomado jornalista chamar o atleta de 'psicopata', sem ter em mãos, sequer, a elucidação do crime, pautados em um depoimento prestado por um menor (digamos, revelador, porém, eivado de contradições), que sequer estava acompanhado de seu representante legal e que, a todo o momento, inocentava a esposa do goleiro. Pobre vítima agroz do destino. Aparece com a criança em mãos e não sabe de absolutamente nada? Como a imprensa acaba com a vida e a reputação das pessoas públicas sem provas conclusivas, não acham? Nada justifica o ocorrido, lógico. Entretanto, para divulgar e fazer escarcéu, é preciso ter provas concretas em mãos. Nós, operadores do Direito, agimos assim, e sempre. Fico cada dia mais enojada da imprensa e indignada com o estrelismo. Forte abraço."

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