Artigo - Ampliação da licença-maternidade: uma reflexão

3/8/2010
Maria Amélia C. Soares

"É gratificante saber que as mulheres se preocupam com as condições de vida de outras mulheres (Migalhas 2.441 - 2/8/10 - "Genetrizes" - clique aqui). Ultimamente venho refletindo sobre o assunto da mulher trabalhar com o filho ainda tão pequeno, até motivada por uma amiga que largou a faculdade, por esta ser distante de sua residência, e o trabalho. Depois ficou dividida, na hipótese de retornar ao trabalho e deixar a sua bebê entregue para babás, creches, familiares, etc., e ficar impossibilitada de participar dos momentos tão interessantes e importantes de sua filha como, por exemplo, o engatinhar, os primeiros passos, os primeiros sons, etc., e por fim a interação propriamente dita entre ela e sua filha comprometida. A maioria das mães que retornam ao trabalho após a maternidade, o fazem com culpa e um pouco de tristeza, principalmente as menos favorecidas, quando as preocupações são maiores por não saberem com quem e para quem deixar os filhos pequenos. Costumamos dizer, talvez como forma acalentadora, que o importante é a qualidade e não a quantidade da convivência. É claro, que se a mãe não tem muito dom maternal ou deseja trabalhar, seja pela realização profissional ou pela necessidade econômica, ela vai ter que ter a dura opção. Mas o assunto aqui é a questão do tempo de amamentação, a saúde do recém-nascido, então no caso todos devem ter compreensão e participar, vez que ultimamente o meio social, os órgãos de comunicação e instituições variadas estão voltados ao estímulo à maternidade. Cumprimento a advogada autora dessa reflexão."

Envie sua Migalha