Migalhas de peso

19/4/2005
Arthur Villamil Martins - escritório Barroso, Muzzi, Oliveira e Associados

"Com a devida vênia ao entendimento do Exmo. Magistrado da Capital Mineira, Rogério Medeiros Garcia de Lima, ouso discordar de sua postura (Migalhas de peso – "Barbárie Brasileira" – clique aqui). Também moro em Belo Horizonte, há mais de 10 anos, e tenho acompanhando o insistente e irreversível crescimento da criminalidade na cidade e em todo o Brasil, notadamente do ano de 1995 em diante. Recentemente, em fevereiro deste ano de 2005, quando completava dez anos de residência em Belo Horizonte, tive o meu automóvel arrombado três vezes em um único mês! Vivo na Capital há dez anos e já sofri a violência urbana mais de sete vezes..., e cheguei até a escrever uma crônica sobre o assunto. Seria impossível que eu não concordasse com a indignação do Magistrado diante da criminalidade e das suas múltiplas vítimas – todos nós - eis que também eu já fui vítima reiteradas vezes. No entanto, o que não posso aceitar, como cidadão e como pesquisador do Direito e da Democracia, é que direitos fundamentais como os do contraditório, isonomia e ampla defesa sejam menoscabados ao argumento de uma justiça rápida e eficaz, que fundada em um saber mítico do julgador poderia dizer o que é o direito e salvar a humanidade de sua queda."

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