União estável

21/9/2010
Maria Amélia C. Soares

"Ainda bem que as mulheres estão ficando cada vez mais esclarecidas e lentamente vão se independendo em termos econômicos e mais seguras em termos emocionais (Migalhas 2.474 - 21/9/10 - "Migas - 5" - clique aqui). Sabemos que uma das partes essênciais do casamento é a vida sexual, as obrigações do casamento, é o que também explica a convivência marital, caso contrário seriam irmãos ou amigos. Quantos relacionamentos velados, cujas mulheres por 'sedução' e 'amor' e depois a absorção psicológica do compromisso por si só, levaram e ainda levam anos e anos de suas vidas por nada; já que não existia e não existe para esses tipos de relacionamentos alguma forma de proteção social ou jurídica, exceto pela gravidez. Para certos homens (inseguros, problemáticos e mal resolvidos) 'perder a sua liberdade' ao assumir um relacionamento com responsabilidade é difícil, quase impossível; preferem, ou é de suas índoles, ficar em cima do muro enrolando anos e anos, levando a juventude e a boa vontade de uma mulher, que na maioria das vezes é de bom caráter. Até que num determinado momento, quem sabe, ela acorde, desperte para a realidade, às vezes um pouco tarde, já que ainda conta muito para a sociedade e para a mulher a sua juventude. Muitas não conseguindo concretizar o relacionamento socialmente aceito ficam expostas a algum tipo de doença psicossomática, mesmo porque esses tipos de homens que assim agem, não se contentam em possuir apenas um relacionamento. Reputo que para a mulher nesta situação é bastante sofrível, vez que no relacionamento desse tipo a esperança nunca se concretiza. É como uma noiva que fica na expectativa de que um dia o casamento se realize. Sabemos que o desencanto do término do noivado é bem pior que o término de um casamento propriamente dito, vez que no casamento muitas coisas foram concretizadas ou realizadas. É raro uma mulher envolvida num relacionamento se negar ao casamento, o estado do amor em que se encontra, a convivência, as pressões sociais são bastantes fortes para que isso ocorra. Ainda é o homem quem decide se o compromisso vai ser sério, à mulher cabe ser forte o bastante e experiente para cair fora quando sente que o relacionamento não vai dar em nada, vez que a lei não leva em conta somente as emoções e o tempo nesse tipo de relacionamento, necessário provar nas práticas materiais (contas conjuntas, vida social comprovada), em última instância, gravidez. Finalmente, nos tempos atuais o amor romântico não leva a nada."

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