Sabor de cabo de guarda-chuva

25/4/2005
Pedro Luís de Campos Vergueiro

“Para dizer o que disse, Luiz Eduardo Greenhalgh não precisava violar seu voto de silêncio. Todo mundo já o sabia. Melhor política teria sido manter a boca fechada e reservar para si próprio o sabor do cabo de guarda chuva, deixando de contar sua notória infelicidade para todo mundo. Como foi no silêncio da meditação solitária que ele pôde aquilatar a verdade de que a base aliada o isolou e a oposição o "desconstruiu", o significado da sua observação não é outro senão o de que constatou que tem poucos amigos em seu próprio meio, coisa que todo mundo, menos ele, já havia notado. Meditando, deve ter percebido que o lugar onde mais se dá bem é no ostracismo, o permanente é claro e não apenas por uma quarentena, visto que neste, infelizmente, breve período não fez falta alguma, nem mesmo para seus companheiros. Não obstante, já que falou, que ele esteja certo em sua premunição: que o segundo mandato de seu chefe Luiz Inácio não seja nem líquido nem certo e que o risco não seja um risco, mas, sim, a realidade necessária atingível e que será alcançada em 2006.”

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