Papa

26/4/2005
Tiago Bana Franco

"Neste alvorecer do novo milênio, impressiona-me a falta de sobriedade daqueles que gostariam que fosse eleito um Papa descrente do Catolicismo, para que, assim, as demais religiões não fossem “discriminadas” dentro da Igreja Católica. De efeito, deve-se partir de uma premissa para iniciar a discussão; qual seja: a de que alguém só pode ser discriminado se fizer parte de determinado grupo, que poderá vir a discriminá-lo. Se se raciocinar com o mínimo de coerência, logo se perceberá que não há a possibilidade de alguém que professe outra fé ser discriminado no interior da Igreja Católica, por um singelo motivo: ninguém que não seja Católico estará no interior da Igreja Católica, porque não faz parte do grupo dos Católicos. Direi o óbvio: Só é Católico quem acredita no Catolicismo, e ninguém é obrigado a ser Católico. As pessoas podem ser Judias, Muçulmanas ou seguir qualquer outra Religião, que, no convívio social, serão tratadas com todo o respeito e a dignidade que merecem; mas, certamente, se não professarem fé no Catolicismo, não farão parte da Igreja Católica, e, por decorrência, nunca virão a ser discriminadas, porque da Igreja não fazem parte. Conseqüentemente, posso afirmar que jamais haverá um único homem descrente que será discriminado dentro da Igreja Católica. E sugiro que os que não acreditam na Igreja deixem a eleição do Papa, assim como quais posições a Igreja adotará doravante, à discussão daqueles que crêem que a Igreja Católica seja a ligação do Homem com Deus. Aos que não acreditam na Igreja, peço para que, gentilmente, releguem os problemas do Catolicismo para os que nela crêem."

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