Lula

20/5/2005
Armando Rodrigues Silva do Prado

"Li com atenção o artigo sobre Lula, da advogada Sylvia Romano ("A dolorosa fotografia do governo Lula" – clique aqui). As críticas fazem parte do tal do jogo democrático. Entretanto, permito-me comentar sobre uma das fontes usadas pela causídica. Quem, como eu, militou na luta contra a ditadura militar, conhece bem o deputado Goldmann. Enquanto íamos para a luta franca, o elegíamos sucessivamente deputado, conforme orientação do Partidão (para os mais novos, Partido Comunista Brasileiro). Então ficava assim: nós, literalmente, quebrando a cara, e o deputado parlamentando nas "casas do povo". Assim que acabou a ditadura, quando melhores oportunidades surgiram, o deputado saltou para o outro lado renegando de maneira oportunista o passado (todo ele), aliás, como muitos fizeram. Algo parecido com o "esqueçam o que escrevi". Não sou petista, nem lulista, e nos primeiros turnos, desde 1989, sempre votei em outros candidatos. Entretanto, sinto orgulho de ter um presidente com a origem que esse tem, sem "black tie", sem toga (as lobas em Roma também usavam) enfim, sem pertencer às superelites desta terra de Santa Cruz. Esse presidente erra sim, principalmente, ao insistir nessa política econômica, continuação da política de FFHH. Erra, assim como todos os anteriores erraram, em que pese os títulos e diplomas que possuíam. Merece crítica. Mas, sem fundamentalismos e, principalmente, sem pré - conceitos."

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