Crise no governo

14/6/2005
Francisco Bernardes Jr.

"Faz-se necessário ainda mais, uma clara definição, de que toda garantia prestada pelo governo eximirá o próprio governo em arcar com eventuais prejuízos no âmbito das parcerias recém formuladas pelo Estado. Uma manchete no newsletter da revista inglesa the economist, mostra toda a balbúrdia causada pelo efeito "mensalão" e, assim outras, ou seja, mais uma clarividência de que o nosso legislativo é tão unido ao executivo quanto o gato e seu rabo, e ainda, que a disposição que vincula este irmão siamês fundamenta-se em um pagamento nos moldes dos tempos de colegial, uma inocente mesada, que grande referência as nossas instituições, oh god! Daí devemos pressupor que ao investidor estrangeiro, ecoasse um som um tanto quanto assombroso, uma espécie de arroto político que, nem precisando-se sentir o seu odor, apenas escutando a sua melodia, faz-se mostrar a incredibilidade do país em ter como pólo societário de uma joint - venture empresas dependentes de sua pecúnia, ou ainda, de sua boa-fé! Saímos correndo em defesa do país e gritamos em alto e bom som: "fundo garantidor desvinculado de qualquer tipo de títulos públicos e merecedor de caráter jurídico próprio, longe de ter-se alguma espera por ressarcimentos". Aí sim, podemos avisar aos quatro cantos do mundo, que aqui existe uma tal de "PPP"! Mas, e se o inglês quiser realmente ver? Ele terá que sacar a sua lupa no estilo Sherlock Holmes para encontrar o montante que o aguarda neste fundo, ou seja, míseros quatro bilhões de reais!... Nem vou fazer a conversão para o pound do legal alien! E assim, terminamos esta história, com a conclusão do sábio chinês; "a bóia jogada no lago, faz suas ondas atingirem todas as margens... inclusive aquelas que salvariam o afogado"."

Envie sua Migalha